Colombo (RV) – “Um homem santo e amigo de Sri Lanka, que se expressou várias
vezes contra a crueldade da guerra e o risco do terrorismo, advertindo líderes religiosos
e governantes do país”.
Pe. Benedict Joseph, porta-voz da Arquidiocese de Colombo,
recorda assim à agência Ásia News Bento XVI, que no último dia 11, anunciou sua renúncia
ao ministério petrino.
“Nós cingaleses – afirma o sacerdote – temos um grande
respeito por ele, sentimos sua presença como líder espiritual e como amigo”.
Segundo
Pe. Joseph, “Bento XVI foi único, em muitos aspectos. É um grande pensador, um grande
teólogo, um Papa santo, que teve que enfrentar diversas situações difíceis. Seu pontificado
teve conflitos e crises, mas ele teve a resistência e a capacidade de manter a tranquilidade”.
“Diz-se
que nos primórdios, os peregrinos iam à Cidade Eterna para ver o Papa. Hoje, com Bento
XVI, os peregrinos veem para ouvi-lo. Ele sempre comunica algo esplêndido ao povo
de Deus. Ele conhece realmente o coração dos jovens, e utiliza bem a mídia para se
comunicar”.
De 1983 a 2009, Sri Lanka foi palco de uma sagrenta guerra civil
entre o governo e os rebeldes “Tigres Tâmeis” (Liberation Tigers of Tamil Eelam, Ltte),
organização que luta para criar um Estado tâmil independente nas províncias norte
e leste da ilha, onde a maioria da população é tâmil. (CM)