Cidade do Vaticano (RV) - Conclui-se no sábado, no Vaticano, a Assembleia Plenária
da Pontifícia Academia para a Vida, sobre o tema “Fé e vida humana”.
Durante
três dias, 140 teólogos e cientistas analisaram a questão: como a ciência permanecendo
fiel à própria natureza – que é a busca da verdade –, pode colocar-se efetivamente
a serviço da pessoa humana?
O fio condutor da discussão foi proposto pelo
Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Dom Gerhard Ludwig Müller, que analisou
o conceito de vida humana através de alguns documentos do magistério, como a Gaudium
et spes, e a Dignitas personae.
Os padres conciliares, afirmou
ele, não somente diagnosticaram o problema, mas recordaram ao mundo e à Igreja que
Deus é a única verdadeira medida do homem e que a vontade de Deus é a única fonte
segura de obrigação moral.
O conceito de sacralidade da vida humana foi desenvolvido
pelo Presidente da Pontifícia Academia para a Vida, Dom Ignacio Carrasco de Paula.
“A dignidade é um conceito que se refere a um valor que não tem preço. É especialmente
apta quando aplicado ao homem, um ser composto de matéria, que é quantificável, e
de espírito, que é incomensurável e incalculável.”
Todavia, a modernidade fez
de tudo para cancelar o sagrado. Mesmo que o conceito de dignidade seja amplamente
compartilhado, o mesmo não pode ser dito da “qualidade de vida”.
“E o que
a fé pode nos dizer a respeito? Parece evidente que, para recuperar o conceito de
sacralidade da vida e do seu significado específico, deve existir um aprofundamento
da relação especial entre Deus e o homem, que se manifesta através da criação, da
redenção em Cristo e através da ação do Espírito Santo.”