2013-02-22 19:14:13

Santa Sé e Sudão do Sul estabelecem relações diplomáticas


Cidade do Vaticano (RV) - A Santa Sé e a República do Sudão do Sul, desejosas de promover relações de amizade recíproca, decidiram de comum acordo estabelecer, nesta sexta-feira, relações diplomáticas no âmbito de Nunciatura Apostólica da parte do Vaticano e Embaixada da parte do Sudão do Sul. Agora, são 180 os países que mantêm relações diplomáticas com a Santa Sé.

O Sudão do Sul é um país situado no nordeste da África e tem como capital, Juba. Tornou-se independente em 9 de julho de 2011. A nação viveu uma guerra que durou mais de 40 anos, que terminou com o acordo de paz de 2005.

O Sudão do Sul tem uma população de cerca de 8 milhões de habitantes, 60% são cristãos e 40% praticam religiões tradicionais. A economia do Sudão do Sul é uma das mais frágeis do mundo, não obstante os grandes recursos agrícolas e minerais do país.

Sobre as reações da Igreja local ao receber a notícia das relações diplomáticas, a Rádio Vaticano contatou o Núncio Apostólico em Cartum, Dom Leo Boccardi.

Dom Boccardi: "A Igreja Católica na nova República do Sudão do Sul acolheu com grande satisfação a notícia do estabelecimento de relações diplomáticas com a Santa Sé. Eu recebi nesta sexta-feira, de muitos bispos e personalidades do Sudão do Sul, manifestações de apreço por essa decisão do Santo Padre, que se realizou num dia muito especial, na festa da Cátedra de São Pedro. A Igreja no Sudão do Sul, que tem cerca de 5 milhões de católicos espalhados por sete dioceses, manifesta hoje profunda gratidão ao Santo Padre por esse gesto importante de seu pontificado. O Papa pensou em nós, no Sudão e no Sudão do Sul, antes de deixar seu ministério petrino e isso nos enche de alegria e emoção. As relações diplomáticas entre Santa Sé e Juba expressam em primeiro lugar, a preocupação do Papa Bento XVI por todas as Igrejas. Em segundo, esse gesto é visto como um suporte que a Santa Sé, junto com outros países, pretende oferecer ao Sudão do Sul que precisa agora mais do que nunca, tanto no âmbito bilateral e quanto no multilateral, do apoio concreto e convicto de toda a comunidade internacional. Estou certo de que a presença de um núncio apostólico em Juba, quando for possível, ajudará a Igreja local a encontrar a vitalidade, ação, espírito de comunhão e sentir-se parte ativa na construção de uma sociedade mais justa, solidária, pacífica e reconciliada. Uma tarefa certamente difícil, consideradas as tensões existentes no país, mas a Igreja é jovem e o Sudão do Sul é o mais jovem país do mundo. Então, agradecemos ao Santo Padre e parabenizamos Juba pela colaboração que começa hoje e esperamos que possa dar muitos frutos no futuro." (MJ)







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