2013-02-22 16:38:49

Entenda a Festa da Cátedra de S. Pedro


São Paulo (RV) – Esta sexta-feira, 22 de fevereiro, a Igreja celebra a Festa da Cátedra de São Pedro. Trata-se de uma tradição muito antiga, testemunhada em Roma desde os finais do século IV, que dá graças a Deus pela missão confiada ao Apóstolo Pedro e a seus sucessores.

Na Basílica de São Pedro, em Roma, encontra-se o monumento à “cátedra” do apóstolo, obra do escultor italiano Gian Lorenzo Bernini, executada em forma de grande trono de bronze, sustentada pelas estátuas de quatro doutores da Igreja, dois do Ocidente, Santo Agostinho e Santo Ambrósio, e dois do oriente, São João Crisóstomo e Santo Atanásio.

Na Arquidiocese de São Paulo, o Arcebispo metropolitano, Cardeal Odilo Pedro Scherer, convida os fiéis a participarem da celebração na Catedral da Sé, às 12h, bem como celebrar em suas paróquias. Este ano, Card. Odilo pede que os fiéis rezem em especial intenção pelo Papa Bento XVI.

Nesta sexta-feira, ainda haverá uma celebração às 19h30 na capela da PUC-SP, Campus Monte Alegre, que além da intenção do Santo Padre, será um “Ato de Dignificação da Cruz”, que foi ultrajada durante manifestações ocorridas na Universidade, no ano passado.

Entenda a celebração da Cátedra de São Pedro

Mas por que é celebrada a “cátedra” de Pedro? A ela a tradição da Igreja atribui um forte significado espiritual e reconhece um sinal privilegiado do amor de Deus, Pastor bom e eterno, que quer reunir toda sua Igreja e guiá-la pelo caminho da salvação.
A “cátedra” literalmente quer dizer a sede fixa do bispo, localizada na Igreja mãe de uma diocese que, por este motivo, é chamada “catedral”. Ela simboliza a autoridade do bispo e, em particular, de seu “magistério”, ou seja, do ensinamento evangélico que ele, enquanto sucessor dos apóstolos, está chamado a transmitir à comunidade cristã.
Qual foi, então, a “cátedra” de São Pedro? Ele, escolhido por Cristo como “rocha” sobre a qual a Igreja seria edificada (cf. Mateus 6, 18), começou seu ministério em Jerusalém, depois da ascensão do Senhor e de Pentecostes. A primeira “sede” da Igreja foi o Cenáculo, em Jerusalém. É provável que naquela sala, onde também Maria, a Mãe de Jesus, rezou junto aos discípulos, se reservasse um posto especial a Simão Pedro.
Em seguida, a sede de Pedro foi Antioquia, cidade situada no rio Oronte, na Síria, hoje Turquia. Naqueles tempos era a terceira cidade do Império Romano depois de Roma e de Alexandria do Egito. Daquela cidade, evangelizada por Barnabé e Paulo, onde “pela primeira vez os discípulos receberam o nome de “cristãos” (Atos 11, 26), Pedro foi o primeiro bispo da Igreja.
Depois, a Providência levou Pedro a Roma. Portanto, encontramo-nos com o caminho que vai de Jerusalém (Igreja nascente) a Antioquia (primeiro centro da Igreja, que agrupava pagãos) e também unida à Igreja proveniente dos judeus. Depois, Pedro dirigiu-se a Roma, centro do Império, onde concluiu com o martírio sua carreira ao serviço do Evangelho.
Por esse motivo, a sede de Roma, que havia recebido a maior honra, recebeu também a tarefa confiada por Cristo a Pedro: estar a serviço de todas as Igrejas particulares para a edificação e a unidade de todo o Povo de Deus. A sede de Roma, depois dessas migrações de São Pedro, foi reconhecida como a do sucessor de Pedro, e a “cátedra” de seu bispo representou a do apóstolo encarregado por Cristo de apascentar todo seu rebanho. A cátedra do bispo de Roma representa, portanto, não só seu serviço à comunidade romana, mas também sua missão de guia de todo o Povo de Deus.

(BF-Arquidiocese São Paulo)







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