2013-02-22 13:56:37

D. Vincenzo Paglia às famílias cariocas: "Acolher voluntários é compartilha de dons"


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Cidade do Vaticano (RV) - Nosso convidado neste espaço dedicado ao Vaticano é Dom Vincenzo Paglia, Presidente do Pontifício Conselho para a Família, que trabalha ao lado do Pontifício Conselho para os Leigos, em iniciativas paralelas e de suporte à XXVIII Jornada Mundial da Juventude.

Nós auspiciamos que este encontro, tão importante, num país tão importante como o Brasil, possa dar frutos para o futuro dos jovens, e consequentemente, também para o futuro das famílias”.

Neste momento de crise, a Igreja costuma reiterar que as famílias são um lugar de evangelização e berço da fé. Dom Vincenzo Paglia, conselheiro espiritual da Comunidade de Santo Egídio, realidade que acompanha desde a década de 70, realça a importância de ir à igreja, de frequentar a paróquia, de fazer parte de uma comunidade no território.

Não há dúvida de que a família também está atravessando um período muito difícil, e como realidade deste mundo, também na família existe a desertificação espiritual, dos afetos, da responsabilidade e do amor. É verdade, porém, que a família é o primeiro núcleo da sociedade, e os cristãos, os esposos cristãos, as famílias cristãs, devem sentir a responsabilidade de transmitir a fé a seus filhos, mas igualmente, de defendê-la em todas as estações da vida. Falo dos jovens, mas falo também dos netos, e naturalmente também dos idosos. A família é realmente um pequeno microcosmo, uma Igreja doméstica, onde o Evangelho deve retornar a ser vivo; deve voltar a sustentar, a convidar todos a ser testemunhas daquele amor que na família se deve viver de modo completo, com todos: pequenos, jovens, adultos e idosos. Eis porque nesta perspectiva a relação das famílias com a comunidade paroquial, a meu ver, é essencial. Se pudesse dar em uma palavra o meu auspício às famílias cristãs do Brasil, eu diria: queridas famílias, vão às missas aos domingos, porque ali, na igreja, se realiza realmente a família de todas as famílias”.

Na JMJ, estarão presentes no Rio de Janeiro 15 mil voluntários de fora da Diocese, provenientes do resto do Brasil e de outros países. Eles precisam de hospitalidade. As famílias brasileiras estão preparadas para abrir as portas de suas casas a milhares de jovens com culturas e estilos de vida diferentes? Dom Paglia convida nossas famílias a hospedar os voluntários e a compartilhar seus valores com eles.

Porque existe nos jovens, por um lado, o futuro do mundo; por outro, uma espécie de globalização mais imediata, mesmo porque possuem meios de comunicação, Internet, Tweeter, que para eles, é comum. Eis porque as famílias brasileiras, acolhendo jovens de todo o mundo, podem criar um circulo virtuoso de troca: a riqueza de um grande país como o Brasil e a riqueza de uma realidade plural de jovens que entra em contato com suas tradições. Então, haverá um intercâmbio de dons, de experiências. Espero que neste diálogo recíproco, se possa sonhar com mais força e mais esperança um futuro de paz, um futuro mais familiar entre os povos”.
(CM)







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