2013-02-21 13:23:57

Dom Tomasi: apelo em prol dos refugiados da Síria


Damasco (RV) - Mais conflito e morte em Damasco: segundo ativistas da oposição, pelo menos 25 pessoas perderam a vida ontem, quarta-feira, em um bombardeio aéreo contra um bairro residencial na periferia de Hamuriya. Por sua vez foi atingido pelos rebeldes o estádio de Tishrin, causando a morte de um jogador. Entretanto, aumenta o temor do contágio das violências no vizinho Líbano: os rebeldes ameaçam represálias contra Hezbollah, aliados libaneses do regime sírio.

Enquanto isso milhares de civis continuam fugindo para a Jordânia: de acordo com a ONU, são mais de 4 milhões as pessoas que precisam de ajudas humanitárias. Sobre a situação a Rádio Vaticano ouviu Dom Silvano Maria Tomasi, Observador permanente da Santa Sé junto a ONU de Genebra:

R. Ontem, na sede da Nações Unidas em Genebra, realizou-se uma reunião sobre a situação humanitária na Síria; 44 países assinaram uma apelo comum no qual se pede, sobretudo, respeito aos civis que têm necessidade de proteção e de assistência humanitária, e que se leve em consideração, que as estruturas médicas, como hospitais e clínicas, o pessoal médico, não podem ser utilizados como objetivos de guerra. De fato, se nota neste momento na Síria, que 55% dos hospitais públicos estão danificados e um terço impedido de realizar atendimentos. Esta situação cria dificuldades muito específicas para a população, porque falta o acesso aos cuidados médicos necessários especialmente nas emergências. Então, o apelo para que os Estados fazem nestes dias é sobretudo para se respeitem em todo o território o acesso das ajudas humanitárias e as estruturas de saúde. Porém, além desta exigência urgente, há a questão dos refugiados que continuam a aumentar. No total, segundo as Nações Unidas, são cerca 800 mil os refugiados sírios que fugiram desde o início de 2012, e 300 mil novos refugiados foram identificados somente neste ano de 2013. Dirigem-se principalmente para os países vizinhos: Líbano, Jordânia, Iraque, Turquia e alguns chegaram até o Egito. Mas o que mais nos dá tristeza, é que a grande maioria – quase 80% - dos refugiados são mulheres e crianças. (SP)








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