2013-02-15 18:52:45

Crianças-soldado, um fenômeno ainda existente


Goma (RV) - Celebrou-se no último dia 12, o Dia Internacional Contra o Uso de Crianças-Soldado.

Nesse dia, segundo a Agência Fides, emergiu que mais de 17 países recrutam crianças para conflitos armados e segundo várias ONGs essas nações continuarão a fazê-lo até quanto não forem tomadas sérias medidas para erradicar o fenômeno e reabilitar essas pequenas vítimas.

Os países denunciados pelas ONGs são: Afeganistão, Chade, Colômbia, Filipinas, Índia, Iraque, Líbia, Mali, Mianmar, Paquistão, República Centro-Africano, República Democrática do Congo, Somália, Sudão, Sudão do Sul, Tailândia e Iêmen.

Na Colômbia, mais de duas mil pessoas participaram dos eventos, esta semana, para marcar o "Dia Internacional Contra o Uso de Crianças-Soldado". A campanha "Direito de Sonhar", lançada em setembro de 2012, já conta com 8,8 milhões de seguidores na rede social Twitter. Segundo as autoridades colombianas, não se sabe ainda o número total de crianças exploradas ou que sofreram qualquer tipo de abuso pelos grupos armados do país.

De acordo com algumas ONGs, os dados sobre o número de crianças-soldado no mundo continuam incompletos. Segundo Anistia Internacional, somente em janeiro os grupos armados islâmicos recrutaram menores de 10 a 17 anos.

As Missões Salesianas de Goma, na República Democrática do Congo, que hospedam mais de cem ex crianças-soldado, denunciaram o fenômeno também no Mali e na Costa do Marfim. A cada dia milhares de crianças estão envolvidas em conflitos armados, usadas para cometer atrocidades, maus-tratos, além de serem violentadas ou testemunhas de homicídios.

As organizações humanitárias que acompanham o fenômeno referem que nem sempre essas pequenas vítimas participam diretamente dos combates, mas estão envolvidas em operações de alto risco, tais como transporte de soldados feridos ou armas, espionagem ou mensageiros, e no caso de meninas, elas são muitas vezes exploradas como escravas sexuais.

Muitos países e grupos armados assinaram um plano de ação com as Nações Unidas para combater o fenômeno, graças ao qual centenas de crianças-soldado foram libertadas e os sequestradores denunciados.

Além disso, duas sentenças de 2012 do Tribunal Penal Internacional e do Tribunal Especial para Serra Leoa declararam culpados de crimes de guerra os responsáveis pelo envolvimento de crianças em conflitos armados. (MJ)







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