2013-02-12 19:42:38

Venezuela: Pastoral Carcerária denuncia dificuldade para entrar nas prisões


Caracas (RV) – A Pastoral Carcerária venezuelana denunciou que no país, “a ideologia política prevalece sobre a assistência religiosa”. Nos trágicos acontecimentos do Centro Penitenciário de Uribana, em 25 de janeiro, um dos mortos foi o pastor evangélico Segundo Camejo, voluntário no centro de detenção. Após a tragédia, a hierarquia da Igreja Católica e de Igrejas Evangélicas denunciou que as autoridades negam, há quase um ano, o acesso de voluntários religiosos às prisões.
Em nota enviada à Agência Fides, o Delegado Nacional da Pastoral Carcerária da Conferência Episcopal da Venezuela, Padre Ponc Capell, diz que as autoridades não deram nenhuma indicação de querer manter o serviço de assistência religiosa aos prisioneiros, antes pelo contrário, ignoram este direito em muitas ocasiões.
Dos 40 capelães nomeados pela Conferência Episcopal a nível nacional, somente 26 foram reconhecidos pelo governo. Padre Capell informou que existem mais de 300 leigos empenhados na atividade de voluntariado nas 40 prisões do país.
Ele também denunciou a politização do tema das prisões, indicando que é promovido mais o voluntariado ideológico que de assistência religiosa.
O Chefe do Escritório da Cáritas em Los Teques, Maria José Gonzáles, que há seis anos trabalha na Pastoral Carcerária na região de Miranda, denunciou que desde dezembro de 2011 não conseguem entrar nas prisões, pois existe uma proibição do governo. “Assim – explica -, os nossos voluntários devem visitar os prisioneiros como se fosse uma visita familiar, o que acaba limitando o trabalho com os detentos, especialmente em relação a sua reabilitação”. (JE)








All the contents on this site are copyrighted ©.