Igreja alemã: o Papa, um exemplo luminoso de autêntico sentido de responsabilidade
Cidade do Vaticano (RV) - "A notícia da renúncia do nosso Santo Padre impressionou-me
profundamente: com essas palavras, o arcebispo de Freiburg im Breisgau e presidente
da Conferência Episcopal Alemã, Dom Robert Zollitsch, comenta o anúncio da renúncia
de Bento XVI.
"O Papa Bento XVI dá ao mundo inteiro um exemplo luminoso de
autêntico sentido de responsabilidade e de amor vivo pela Igreja. Cristo, através
dos cardeais, confiou-lhe o sólio petrino. No momento em que as suas forças tornam-se
insuficientes para desempenhar o serviço exigido pela Igreja, ele se retira com uma
decisão tomada diante de Deus. Trata-se de um grande gesto humano e religioso."
Nós,
bispos alemães, prossegue Dom Zollitsch, "agradecemos ao Santo Padre pelo serviço
prestado no sólio petrino e estamos cheios de grande respeito e admiração por sua
decisão".
O arcebispo reitera que Bento XVI é um grande docente da nossa Igreja.
Sempre teve um desejo constante, presente em toda a sua vida e as suas obras: reconciliar
fé e razão. Bento XVI é um Pontífice a partir de muitos pontos de vista: quis construir
pontes entre fé e razão, pontes para se chegar a Deus, pontes entre as confissões
e as religiões, para preparar o caminho da paz no mundo e oferecer crescimento ao
reino de Deus.
Em seguida, o presidente dos bispos alemães faz uma referência
à encíclica "Caritas in veritate", definindo-a "Carta Magna de uma globalização bem
sucedida, orientada o mais possível na equidade social e na conservação da criação".
Dom
Zollitsch afirma que a Igreja alemã é "profundamente reconhecedora ao Papa Bento por
suas obras e por seu incansável empenho. O Papa alemão passará agora o timão da Igreja
para outro. Ele nos fará falta. Mas ficará muito dele, porque ele forjou a Teologia
e a Igreja de modo duradouro, como construtor de pontes, como pastor do seu rebanho,
como cientista e docente".
"Sabemos que continuará colocando a sua força vital
a serviço das pessoas – afirma Dom Zollitsch, invocando a bênção de Deus e assegurando
as orações dos bispos alemães ao Papa." (RL)