2013-02-11 14:41:57

Espanha: alarme liberdade religiosa


Madri (RV) – Alarme do Observatório para a liberdade religiosa e de consciência na Espanha. Nas mesmas horas em que uma bomba caseira era descoberta e desativada na Catedral de Almudena de Madri, o Organismo informou como, durante o ano de 2012, foram realizados no país ibérico 16 ataques contra símbolos religiosos, não só católicos, mas também evangélicos e islâmicos.

“Evidencia-se assim – afirma o comunicado do Observatório – a necessidade de que a nossa sociedade estabeleça alguns princípios morais e legais para a defesa deste direito fundamental, que é de todos, crentes e não crentes, e que está presente na nossa Constituição no artigo 16”.

O primeiro destes ataques revelados pelo Observatório refere-se aos estudantes católicos da Universidade Complutense de Madri, onde, no dia 22 de fevereiro passado, o professor decano da Faculdade de História procurou relegar a capela da faculdade a um local apertado, de não mais de cinco metros quadrados, na tentativa de “colocar em um ângulo” aqueles estudantes que pretendiam exercitar também no Ateneu o seu direito à liberdade religiosa. No final do ano de 2012 soube-se que tal disposição foi estendida a todas as capelas da Universidade com a tentativa declarada de proceder ao seu fechamento.

Outro capítulo refere-se à tentativa de abolir a presença dos crucifixos nos lugares públicos. O Observatório assinala o que ocorreu no dia 24 de fevereiro em Saragozza, onde representantes do Partido “Chunta Aragonesista” pediram que fosse retirado o símbolo cristão da sala dos vereadores do município. Pedido que foi negado pelo prefeito da cidade, e pelos vereadores do Partido Popular.

Nesta mesma linha, no mês de março, também o pedido na cidade de Cáceres, feito pelo Partido “Esquerda Unida”. A mesma formação política foi também protagonista do pedido de abolir a religião católica do grupo de matérias para a formação dos professores universitários.

O Observatório assinala ainda o caso do Bispo de Alcalá de Henares, Dom Juan Antonio Reig Plá, processado por ter se expresso contra a prática da homossexualidade. O bispo foi depois absolvido por um tribunal, que não encontrou nas suas palavras “declarações homofóbicas”, mas não recebeu desculpas públicas de quem o havia denunciado.

Entre os casos que se referem a fiéis muçulmanos, o Observatório destaca o caso de uma mulher espanhola de origem marroquina, que viu negada por um tribunal de Madri o seu pedido feito contra a decisão de uma escola de Pozuelo de Alarcón (Madri) que a proibia assistir as aulas vestindo o tradicional hijab. Outro caso semelhante ocorreu numa escola de Burgos, onde um adolescente foi sancionada por ter vestido na sala de aula o véu islâmico. (SP)







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