Desertificação ameaça a vida de milhares de crianças no sul do Saara. Ouça!
Cidade do Vaticano
(RV) – Está em andamento na Mauritânia o encontro anual da Fundação João Paulo
II para o Sahel, que compreende nove países do sul do deserto do Saara.
O avanço
da desertificação é o que mais preocupa a Igreja nesses países. O constante crescimento
deste processo já ameaça regiões até então distantes do problema, como a Guiné-Bissau,
que integra essa Fundação.
Esse processo climático, ampliado pelo cultivo da
monocultura, agrava ainda mais as mazelas sociais. Países como Níger e Chade possuem
um dos piores índices de Desenvolvimento Humano e a morte por inanição ainda é uma
realidade – que se torna ainda mais chocante quando atinge crianças. Crenças tradicionais
também não ajudam, como a extração de dentes sem anestesia em bebês de apenas oito
meses para deter vômitos e diarreia, que são consequência da desnutrição.
Está
presente na Mauritânia o Bispo brasileiro de Bafatá, na Guiné-Bissau, Dom Pedro Carlos
Zilli. Ele fala dos temas deste encontro e como a desertificação atinge o território
guineense.
Todos os anos nós do Conselho de Administração da Fundação João
Paulo II para o Sahel nos encontramos. São nove nações (Chade, Guiné, Senegal, Gâmbia,
Mauritânia, Mali, Burkina-Fasso, Níger e Marrocos). E a reflexão é sempre a mesma:
como ajudar esses países que vivem na seca, nas dificuldades, na falta d’água, na
fome, a melhorar a própria situação. Certamente, a situação do Mali vai ser tratada
e refletida.