2013-02-07 20:41:35

Cazaquistão: progresso na liberdade religiosa e promoção do diálogo inter-religioso


Cidade do Vaticano (RV) - Na audiência geral desta quarta-feira, após o resumo de sua catequese em várias línguas, Bento XVI saudou em russo a delegação do Cazaquistão, presente em Roma por ocasião do 10º aniversário do I Congresso inter-religioso de Astana. Aproveitando a oportunidade e a importância deste aniversário, a Rádio Vaticano entrevistou um dos membros do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, Mons. Khaled Akasheh, que nos falou sobre a situação da liberdade religiosa no Estado asiático.

Mons. Khaled Akasheh:- "Há algo de positivo sobre o tema da liberdade religiosa como, por exemplo, a concessão de terrenos para a construção de igrejas; a construção efetiva de lugares de culto para as várias comunidades religiosas; a concessão, mesmo com dificuldade, de vistos para os religiosos; a liberdade, para os bispos e sacerdotes, de ir e vir dentro do país. Sabemos que em outros países esse movimento é limitado. Dentre os problemas encontra-se o da equiparação entre nacionalidade e religião. Pensa-se que todos os poloneses são católicos, todos os alemães são protestantes, todos os cazaques são muçulmanos. Isso não corresponde à verdade e não corresponde, naturalmente, à liberdade religiosa, entendida como liberdade, possibilidade de mudar de religião."

RV: E a propósito do diálogo inter-religioso, qual é a realidade?

Mons. Khaled Akasheh:- "O Cazaquistão é o único país na Ásia central que promove uma iniciativa dessas dimensões (como o Congresso inter-religioso, ndr), que já chegou à sua quarta edição tendo a participação da delegações de numerosos países e de centenas de pessoas. Essa plataforma de encontro entre líderes religiosos, numa área geográfica importante, numa área difícil do ponto de vista religioso e da segurança, é um ponto a favor deles. Sempre procuramos fazer uma distinção entre o diálogo e a política dizendo que, como em outros casos, a política deve apoiar o diálogo, assegurar o desenvolvimento sereno das iniciativas sem, porém, ser parte ou participar do conteúdo do diálogo. Posso dizer que, ao menos parcialmente, a mensagem foi acolhida." (RL)







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