2013-02-06 12:30:00

Culturas emergentes: Igreja deve responder às aspirações espirituais dos jovens. Ouça!


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Cidade do Vaticano (RV) – Com o tema ‘Culturas juvenis emergentes’, começa nesta quarta-feira, no Vaticano, a assembleia plenária anual do Pontifício Conselho para a Cultura (CPC). Cerca de 60 membros, consultores, auditores e relatores trabalharão, a portas fechadas, questões como ‘Do universo ao 'multiverso', 'análise das culturas juvenis’, ‘Nativos digitais: linguagem e rituais’ ou a ‘Fé na juventude’.

Em coletiva à imprensa, quinta-feira, 31/01, o Cardeal-Prefeito do Conselho, Gianfranco Ravasi, destacou a importância de compreender os jovens como "nativos digitais" na sua comunicação.

Por sua vez, o bispo português Dom Carlos Azevedo, delegado do Pontifício Conselho, frisou a importância de atender a fenômenos como o desemprego, a cultura digital e o “alfabeto emotivo” das novas gerações, defendendo que estas questões “exigem um discernimento por parte da Igreja" e uma profunda mudança de linguagem. Afinal, a juventude não é “uma geração perdida, sem pertença e fé, mas um grande recurso para a sociedade.

Eu penso que onde há uma atividade pastoral atenta a esta dimensão afetiva, estética, de generosidade, de voluntariado, que são fenômenos excelentes da juventude de hoje, a disponibilidade de partir, ir para outros países, circular, criar redes dos pontos mais diversos do mundo, num mundo globalizado onde eles de fato já vivem e os pais ficam espantados ao ver esta sua capacidade, a Igreja também deve ser capaz e onde ela é capaz, ver que há uma correspondência e mobilizar os jovens”.

“Evidentemente, há de ser usada uma linguagem adequada, um modelo comunicativo novo para poder ser captada na transmissão de uma mensagem, que é uma mensagem espiritual que os jovens hoje são muito sensíveis. Não é por acaso que em nossas iniciativas no Pátio dos Gentis, quando há um pavilhão ou um workshop sobre mística ou espiritualidade, é o que está mais cheio de jovens. Isto significativa que há sede de espiritualidade e a Igreja não está respondendo a esta aspiração espiritual das novas gerações. Continua a dar-lhes burocracia,a doutrina empacotada, e não lhes dá espiritualidade e mística. Quando dá, eles respondem, porque estão com fome”.

“Análise crítica não é simplesmente criticar os jovens, mas incrementar sua dimensão profética, porque os jovens de certa maneira denunciam as hipocrisias, os ‘fariseísmos’ que existem, pois são autênticos, até demasiadamente duros em sua autenticidade; e precisamos também ouvir os jovens para que eles próprios digam no que a Igreja precisa mudar para corresponder aos tempos que correm”.
(CM)







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