Turquia - atentado bombista na Embaixada dos Estados Unidos
Um segurança da embaixada norte-americana na capital da Turquia morreu quando um bombista
se fez explodir num dos controlos de segurança à entrada do recinto diplomático. O
atentado não foi reivindicado. “Há dois mortos, o suicida e um agente turco de
segurança. Uma mulher que tinha ido lá pedir um visto ficou ferida”, disse aos jornalistas
o governador de Ancara, Alaaddin Yüksel, que visitou o local pouco depois da explosão. Segundo
a CNN da Turquia citada pelo jornal Público, o bombista terá detonado os explosivos
que transportava ao passar pelo controlo de raios X numa entrada secundária da representação.
A edição online do jornal turco Hürriyet adianta que a polícia cercou de imediato
a zona e enviou para o local peritos na desactivação de bombas, temendo a existência
de um segundo engenho. A mesma fonte adianta que a explosão não terá sido captada
pelas câmaras de segurança, devido a uma falha de energia que teria afectado a zona
pouco antes. Até ao momento, ninguém reivindicou a autoria do ataque. Um porta-voz
do Ministério do Interior turco afirmou, entretanto, que o bombista suicida estava
ligado a um grupo de esquerda radical. A explosão acontece também dez dias depois
de a ainda secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, ter garantido no
Senado que Washington está a reforçar a segurança das suas embaixadas, sobretudo as
situadas em países sensíveis, adoptando as recomendações da comissão que investigou
o ataque contra o consulado dos EUA em Bengasi, na Líbia. A acção, no 11.º aniversário
dos atentados do 11 de Setembro, resultou na morte de quatro norte-americanos, incluindo
o embaixador Chris Stevens.