Declaração das Nações Unidas condena a política de colonatos de Israel
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Um recente
relatório publicado pelo Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas condena a
política israelita de maneira clara. A reação do Estado hebraico foi dura tendo falado
de um pronunciamento que põe em perigo o processo de paz. A colega da redacção italiana
Benedetta Capelli falou do caso com Eric Salerno, especialista em questões do Médio
Oriente no Jornal Il Messaggero.
R. - É uma condenação muito detalhada
que sobretudo propõe, sugere e pede aos Estados que aderiram à Convenção de Genebra
para aplicarem sanções políticas e económicas contra Israel, se não parar de construir
nos Territórios e se não fechar - também insiste nisto - todos os Colonatos. Também
fala da possibilidade de levar a questão diante do Tribunal Internacional de Justiça,
visto que a questão da colonização do território palestiniano ocupado cai nas questões
relacionadas com crimes contra a humanidade. D. – A nível político, que consequências
se podem imaginar? Haverá países que vão montar esta onda? R. - Certamente alguns
países decidirão enfatizar este aspecto e, talvez, começarão a introduzir sanções
contra Israel. Naturalmente, isto não acontecerá imediatamente com os países europeus
e nem mesmo com os Estados Unidos. Da Europa deverá sair uma política, uma ideia
mais comum, e para isto será necessário muito tempo; não creio que isso acontecerá
como consequência desta condenação que certamente terá um impacto no comportamento
da comunidade internacional em relação a Israel.
D. - Israel diz que este
relatório substancialmente mina os esforços de paz ... R. - É a habitual resposta
dos israelitas que afirmam que os colonatos não têm nada a ver com a ideia de como
fazer a paz com os palestinianos. Esta é a linha de Netanyahu, o primeiro-ministro
israelita - é o que ele tem dito nos últimos quatro anos, desde que se tornou primeiro-ministro
- e é isso que tem bloqueado as negociações, porque os palestinianos dizem que o
importante é parar com os colonatos antes de continuar com as negociações.