2013-02-01 12:41:48

Agentes da Pastoral Carcerária: chamados a ser profetas


São Paulo (RV) – O Coordenador Nacional da Pastoral Carcerária, Pe. Valdir João Silveira, escreveu uma carta de encorajamento a todos os agentes da Pastoral.

No ano de 2012 e no início de 2013, afirma ele, o trabalho da Pastoral Carcerária foi colocado à prova em vários momentos, pois tem provocado aversão, revolta, ofensas e até mesmo prisão de alguns agentes.

Pe. Valdir afirma que as denúncias das irregularidades, das violências, de torturas e maus-tratos no interior das prisões têm gerado uma série de reações, muitas vezes orquestradas, de parte dos funcionários do Estado que tentam intimidar, afastar e condenar toda ação profética dos agentes.


“Não temos o direto de ser sentinelas adormecidas. Ao ingressar nos presídios e cadeias e ver, ouvir e sentir as injustiças e violações de direitos que ali são cometidas, não temos o direito de nos emudecer. Não podemos ser cães mudos; silenciar perante tanta injustiça”, escreve o coordenador.

O sacerdote denuncia o aumento do aprisionamento de homens e mulheres, da juventude pobre, de baixa escolaridade, desempregada, quando não morta antes de chegar às unidades prisionais.

“As condições de sobrevivência tornam-se cada vez mais difíceis. Onde deveriam estar contidos oito presos, hoje facilmente se encontram, em vários presídios do Brasil, 40 a 50 pessoas detidas numa cela.”

Fazer pastoral carcerária, afirma ele, é realizar o trabalho do Pastor, Jesus Cristo, o Bom Pastor, junto às ovelhas encarceradas, as pessoas presas. Pe. Valdir encerra a carta com uma exortação aos agentes da Pastoral:

“Meus Irmãos e Irmãs, agentes de pastoral Carcerária, não desanimem, não desistam da missão, da cruz a nós confiada por Deus! Carreguemo-la juntos! Tenho certeza de que pesa menos que a dor e o sofrimento que os nossos irmãos e irmãs encarceradas suportam.”

(BF)







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