Representante de Centro inter-religioso defende 'diálogo e educação' para resolver
crise
Madrid (RV) - "A educação e o diálogo são os melhores instrumentos para salvar
a crise que atravessa o mundo e criar sociedades futuras mais éticas apoiadas na paz
e no conhecimento do outro". É o que afirma o Secretário Geral do Centro Internacional
de Diálogo Inter-religioso (KAICIID), Faisal bin Abdulrahman bin Muaammar, em visita
à Espanha para participar do primeiro encontro da equipe dirigente do KAICIID em 1°
e 2 de fevereiro.O Centro foi inaugurado oficialmente em Viena, onde tem sua sede
permanente, em 26 de novembro de 2012 - quatro anos após a apresentação do projeto
ao Papa Bento XVI. A iniciativa foi acolhida com entusiasmo pelo Vaticano - que é
membro Observador -, e pela Áustria e Espanha, membros co-fundadores deste centro
com vocação internacional.
No seu Conselho de Administração destacam-se representantes
de outras confissões como o Patriarca Ecumênico de Constantinopla, metropolita Emmanuel,
o rabino David Rosen, destacado membro do American Jewish Committe, o Presidente do
Conselho Mundial Arya Samaj, Swami Agnivesh, além de representantes da Igreja anglicana
e de outros movimentos religiosos.
Na carta de fundação, o centro destaca que
a religião atua “como ativador de respeito e de reconciliação” e que a missão do centro
“é converter-se num fórum que facilite o diálogo inter-religioso e intercultural e
de entendimento’.
“Através dos líderes religiosos podemos estabelecer um melhor
entendimento, podemos estabelecer a confiança, a coexistência, a tolerância. E a única
forma de conseguir isto é através do diálogo. Nosso objetivo é colocar em contato
as pessoas para que se produza este diálogo”, afirmou Bin Muaammar.
Neste sentido,
o líder saudita insistiu que a educação, o conhecimento do outro e o respeito pela
sua identidade religiosa são os parâmetros que devem “conduzir esta viagem, tão longa
quanto necessária”.
“Todas as religiões tem muitas coisas em comum e isto é
o que a gente deve entender. O único problema de verdade, é a ignorância”, acrescenta
Bin Muammar, que coloca este desconhecimento do outro no centro dos problemas políticos
que sacodem o mundo. (JE)