Jovens, fantástica oportunidade para o futuro da Igreja. Ouça Dom Carlos Azevedo
Cidade
do Vaticano (RV) - Foram antecipados aos jornalistas, esta manhã, na Sala de Imprensa
da Santa Sé, os tópicos da próxima Assembleia Plenária do Pontifício Conselho da Cultura.
O encontro será entre os dias 6 e 9 de fevereiro e vai debater o tema ‘Culturas juvenis
emergentes’.
A coletiva teve a presença do Presidente deste Dicastério, Cardeal
Gianfranco Ravasi, e do delegado, o bispo português Dom Carlos Alberto de Pinho Moreira
Azevedo, além do jovem ateu italiano Alessio Antonielli, e da estudante Farasoa Mihaja
Bemahazaka, de Madagascar.
O Programa Brasileiro conversou com Dom Carlos,
que revelou o objetivo dos membros da Plenária, com esta discussão.
“Nós,
como Pontifício Conselho da Cultura, consideramos que podemos contribuir com uma análise
fenomenológica, para ver o que está acontecendo no mundo dos jovens através da sociologia
e das ciências que observam esta realidade; e depois, fazer uma análise cultural e
crítica que dará certamente muitas sugestões para a atividade pastoral”.
“Uma
atividade pastoral que não leve em conta a cultura dos jovens de hoje corre o risco
de falar para um mundo que não existe, de usar uma linguagem que ninguém entende,
com uma gramática, um alfabeto que está desatualizado e fora do prazo. Por isso, é
necessário conhecer as culturas emergentes, porque há muitos tipos de culturas juvenis
e não uma só, mas é marcante, porque quanto menos a família e a escola marcam esta
fase da vida, mais ela fica um pouco à mercê de todas as influências do mundo juvenil
internamente, uns com outros”.
“Nós sabemos que isto de fato hoje acontece
através das redes sociais; é um fenômeno que a Igreja não pode esquecer. Todas as
redes informáticas são uma forma de comunicação essencial, a Igreja tem que entrar
neste ‘jogo’ de comunicação, tem que o conhecer para depois, na vida pastoral, poder
corresponder, pois também a fase juvenil hoje se antecipou, porque se começa a ser
jovem mais cedo, e se prolongou até nunca mais acabar porque se casa muito tarde”.
“Este também é um fenômeno a observar: todo este estudo, esta análise,
este olhar fenomenológico vai nos ocupar. Depois, faremos uma análise crítica para
deixar algumas perspectivas para que a dimensão Pastoral tenha em conta as portas
abertas, as oportunidades desta geração fantástica. Acho que os jovens de hoje têm
qualidades fantásticas, são uma promessa para o futuro, mas é preciso saber quais
são as janelas por onde entrar”. (CM)