Concílio Vaticano II: João XXIII, algumas características pessoais determinantes
Cidade do Vaticano
(RV) - No Quadro Memória Histórica - 50 anos do Concílio Vaticano II, continuaremos
a abordar aspectos da história e personalidade do Papa João XXIII, o Papa do Concílio.
João
XXIII reunia em si uma gama de virtudes incomparáveis, que foram determinantes na
decisão de convocar o Concílio assim como para traçar suas linhas básicas. Era um
homem ao mesmo tempo corajoso e humilde, simples e inteligente, sábio e dotado de
uma sagacidade peculiar. Acima de tudo, possuía uma grande serenidade e capacidade
de discernimento, fruto da profunda fé e confiança em Deus.
Com a carreira
diplomática na Bulgária, Grécia, Turquia e França - aliada a sua vivência pastoral
em Veneza, - João XXIII acabou por adquirir uma grande experiência. E as delicadas
situações enfrentadas durante a II guerra e no pós-guerra cumularam o Papa Roncalli
de uma invejável prudência.
Pessoas próximas a João XXIII o descreveram como
uma pessoa “boa, simples e afetuosa”. A dimensão afetiva de Angelo Giuseppe Roncalli
se revela quando ele fala da escolha do nome João: ‘João, nome doce, nome suave, nome
solene: uma chamada e convite a amar sempre, a amar todo o mundo, a amar em toda circunstância,
mesmo quando a voz ou a pena tem o dever de condenar’.
Segundo o jornalista
e escritor italiano Giancarlo Zizola, João XXIII foi um Papa que preferiu a misericórdia
ao bastão da punição.
Nós conversamos com o Prof. Álvaro Oliveira, formado
em História e Sociologia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, sobre o Papa
João XXIII. (JE)