Comunidade Santo Egídio lamenta morte de testemunha do 'Holocausto Rom'
Roma (RV) - A Comunidade de Santo Egídio se une à dor do povo Rom pela morte
de Ceija Stojka, ocorrida no último dia 28, um dia após a celebração do ‘Dia da Memória’.
Ela era uma das últimas testemunhas do Porrajmos, o holocausto dos povos Rom e Sint.
“Ceija
Stojka – lê-se na nota divulgada nesta quarta-feira -, nasceu em 1933 em uma numerosa
família de Rom austríacos exterminada pelos nazistas. Deportada ainda criança para
Birkenau e posteriormente para Ravensbrack e Bergen Belsen, foi uma escritora e uma
artista que deu voz ao sofrimento do povo Rom durante a perseguição nazista”.
Entre
as suas publicações está ‘Talvez sonhe viver’, onde conta sua experiência de criança
no Campo de Concentração de Bergen Belsen. O seu forte empenho na memória e testemunho
do Porrajmos, aproximou Ceija Stojka da Comunidade de Santo Egídio. Ela participou
dos Encontros das religiões para a Paz no espírito de Assis e em conferências e encontros
com jovens na Itália e na Europa.
A Comunidade de Santo Egídio recorda sua
presença na peregrinação das religiões à Auschwitz em 2009, na Conferência para os
jovens na Hungria e em particular na audiência com o Papa sobre os Rom e Sint na Europa.
Ela afirmou ao Papa Bento XVI: “Tenho medo que Auschwitz esteja apenas dormindo”,
referindo-se ao fenômeno de preconceito em relação aos zíngaros que cresce sempre
mais na Europa.
Na Hungria disse aos jovens: “Se vocês defendem os ciganos
e os pequenos, estareis defendendo a vós mesmos”. (JE)