2013-01-29 18:44:45

FAO alerta para necessidade de controle mundial de doenças contagiosas


Roma (RV) – O mundo corre o risco de uma repetição do surto de gripe aviária ocorrido em 2006, a menos que seja reforçado o monitoramento e controle de certas doenças a nível mundial, alertou nesta terça-feira a FAO.

‘A continuição da crise econômica mundial significa menos recursos disponíveis para a prevenção da gripe aviária do tipo H5N1 e de outras ameaças de origem animal. Isto não vale apenas para as organizações internacionais, mas para todos os países', alerta o veterinário chefe da FAO, Juan Lubroth. Ele acrescentou que ‘mesmo que todo o mundo afirme que é melhor prevenir que remediar, eu estou preocupado porque os governos, nas condições atuais, são incapazes de manter a situação sob contrôle'.

É necessária uma rigorosa vigilância permanente, pois ainda existem muitos focos do vírus H5N1 em países da Ásia e do Oriente Médio, onde a doença se tornou endêmica. Na ausência de controles adequados, o vírus poderá se propagar facilmente a nível mundial, atingindo níveis como aqueles de 2006. Na época, 63 países foram atingidos.

É necessário investir, pois uma pandemia desta doença provoca pesadas perdas a nível mundial. Entre 2003 e 2011, a doença matou ou forçou o abate de mais de 400 milhões de frangos ou patos domésticos, o que provocou um prejuízo de U$ 20 bilhões.

Assim como os vírus de outras doenças animais, o H5N1 também é transmitido para os seres humanos. Segundo a Organização Mundial da Saúde, entre 2003 e 2011, o vírus contagiou mais de 500 pessoas, matando 300.

A FAO também alertou para outra doença em expansão: a peste dos pequenos ruminantes, uma doença altamente contagiosa que pode dizimar rebanhos inteiros de ovinos e caprinos. ‘Esta doença está crescendo na África subsaariana, provocando danos consideráveis na República Democrática do Congo e se expandindo para o sul do continente africano’, alertou Lubroth. ‘Ironicamente existe uma vacina para esta doença, mas é pouco usada’, denunciou.

Os cortes no orçamento, a falta de vontade política, planejamento e coordenação deficiente são as razões para a propagação da peste dos pequenos animais ruminantes’. (JE)








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