AIS apresenta livro sobre cristãos sujeitos a tortura na China
Lisboa (RV) - A fundação pontifícia Ajuda a Igreja que Sofre (AIS) promove
no próximo domingo, 27, em Lisboa, Portugal, a apresentação de um livro e de uma conferência
sobre a perseguição aos cristãos na China.
Num comunicado publicado em sua
página na internet, a instituição católica adianta que a publicação "O cordeiro e
o dragão", de autoria da Laogai Research Foundation Itália, "é uma denúncia fortíssima
da existência, ainda hoje, de campos onde estão presos de delito comum, mas também
dissidentes do regime e fiéis de diversas confissões religiosas".
De acordo
com o mesmo documento, "os laogai, como são conhecidos estes campos de concentração,
hospedam atualmente entre 3 a 5 milhões de pessoas, sendo que o assunto é considerado
segredo de Estado".
Encarcerados "nestas prisões, cerca de mil, disfarçadas
de fábricas, os prisioneiros são sujeitos regularmente a tortura, depois de dezesseis
horas de trabalhos forçados".
Os autores do livro falam ainda em sessões de
lavagens cerebral, que têm como objetivo proceder à reeducação dos cativos, levá-los
a confessar crimes inexistentes e aceitar para o resto de seus dias uma vida de dor
e castigos merecidos.
A sessão de lançamento do livro está marcada para as
16h de domingo, na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, no Seixal.
O evento
será complementado com uma conferência sobre liberdade religiosa, que terá como oradores
Pe. Carlos Filipe Silva, pároco da Quinta do Anjo, e Catarina Martins, diretora da
Fundação AIS em Portugal.
Essas duas iniciativas, ressalta o site da instituição,
estão incluídas no calendário da Semana Paroquial da Fé da comunidade católica do
Seixal, que teve início no último dia 18, e se prolonga até dia 27.
Em 1952,
o Papa Pio XII recusou a criação de uma Igreja chinesa, separada da Santa Sé e, em
seguida, reconheceu formalmente a independência de Taiwan, onde o núncio apostólico
se estabeleceu depois da expulsão da China.
Ao longo de décadas, relata a AIS,
"milhares de cristãos têm sido presos, internados em campos de reeducação, torturados
e mortos, numa longa história de martírio". (MJ/Agência Ecclesia)