2013-01-19 15:04:05

"Contra as armas" - Editorial de Padre Lombardi


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As iniciativas anunciadas pela administração americana para a limitação e o controlo da difusão e do uso das armas são certamente um passo na justa direção. Pensa-se que os americanos possuem hoje em dia cerca de 300 milhões de armas de fogo. Ninguém se pode iludir que bastará limitar o número e uso das armas para impedir no futuro tragédias horrendas como aquela de Newtown, que mexeu com a consciência americana e mundial e outras, seja de crianças seja de adultos. Mas muito pior seria acontentar-se com palavras. E se as tragédias são feitas por pessoas desequilibradas ou transtornadas pelo ódio, não é de admirar que sejam feitas com armas. 47 lideres religiosos de varias confissões e religiões enviaram um apelo aos deputados americanos para limitar as armas de fogo que "estão a fazer pagar à sociedade um preço inaceitável em tragédias e mortes insensatas. Estou com eles.

Mas enquanto a sociedade americana está ocupada com este debate de obrigatório crescimento civil e moral, não é possível não alargar o nosso olhar para recordar que as armas, em todo o mundo, serão também, em parte, um instrumento de legítima defesa, mas, seguramente, são em todo o lado o instrumento principal para levar a cabo ameaças, violências e morte. Por isso, é preciso repetir, sem nunca nos cansarmos, os apelos para o desarmamento, para contrastar a produção, o comércio, o comércio e o contrabando de armas de todo o tipo, alimentados por indignos interesses económicos ou de poder. São bem vindos os resultados atingidos com a adesão às convenções internacionais como por exemplo, a redução das minas anti-pessoais e dos testes nucleares. Mas as armas são e serão sempre demasiadas. Como dizia o Papa quando voava para o Líbano, todos estamos perturbados pelas tragédias na Síria, mas as armas continuam a chegar. A paz nasce do coração mas será mais fácil atingi-la se tivermos menos armas na mão.







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