2013-01-16 19:00:54

Caritas Mali: Aumenta o número de pessoas em fuga


Bamaco (RV) - Piora a situação humanitária no Mali depois da ofensiva dos grupos rebeldes e a intervenção militar francesa. Há meses o país africano é teatro de violência generalizada e deslocamentos maciços de populações.

A Caritas Mali - informa numa nota a Caritas Italiana - está monitorando a situação a fim de atender as emergências que estão surgindo da intensificação do conflito. Para esse fim foi preparado um plano conjunto com a Caritas Níger, Burkina Fasso e Senegal para enfrentar a crise. As ações mais urgentes e imediatas são a distribuição de kits de higiene, cobertores, tendas e kits de tratamento de água. A Caritas Italiana, através de seus agentes presentes na região do Sahel, acompanha a evolução da situação e participa do plano de ação.

Segundo Théodore Togo, secretário nacional da Caritas Mali, a paz na nação estava ameaçada pela não desmilitarização de grupos armados no norte, pela crise alimentar e econômica, pelo aumento da desigualdade social, pela crise na Líbia que provocou a entrada de armas no Mali e pelo golpe de Estado de 22 de março de 2012, seguido pelo estabelecimento de um governo de transição.

A Caritas italiana forneceu uma contribuição inicial de 60 mil euros e sempre apoiou os esforços da Caritas Mali desde o início do conflito. Mais de 40 mil pessoas já se beneficiaram da ajuda alimentar. O plano de ação também prestou apoio à agricultura beneficiando mais 1.400 famílias e 47 organizações locais de agricultores.
No final de dezembro, havia mais de 400 mil refugiados que desde março de 2012 fugiram do norte do país para o sul nas áreas de Mopti, Segou, Bamaco, Sikasso, Koulikoro e Kayes sob o controle do governo de transição e para os países vizinhos como Burkina Fasso e Níger.

Com o aumento do conflito nos últimos dias o número de pessoas em fuga está aumentando. A situação piorou com a destruição das infra-estruturas de saúde, educação e administração, pela falta de combustível fornecido aos centros de purificação de água, pela crescente dificuldade no fornecimento de alimentos e artigos de higiene. Para evitar a infiltração de rebeldes no sul, todas as estradas estão bloqueadas. (MJ)












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