2013-01-15 12:01:23

Conselho de Segurança da ONU apoia a intervenção militar francesa no Mali


O Conselho de Segurança das Nações Unidas apoiou por unanimidade a intervenção militar francesa no Mali para impedir o avanço dos grupos de rebeldes islamistas que tomaram o Norte do país.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, disse esperar que a intervenção ajude a devolver ao Mali a “ordem constitucional e a integridade territorial”.
Milhares de soldados africanos deverão "ao longo dos próximos dias e semanas" juntar-se aos franceses que estão a apoiar as forças do Mali, disse o embaixador francês nas Nações Unidas, Gerard Araud, depois da reunião de emergência do Conselho de Segurança desta segunda-feira, em Nova Iorque.
Araud lembrou ainda que é importante que sejam também enviadas forças do Oeste Africano “o mais rápido possível”.
A França decidiu intervir no Mali na sexta-feira passada, por causa dos avanços dos combatentes islamistas que controlam as províncias do Norte em direcção ao Sul, onde fica a capital, Bamako. Segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Laurent Fabius, a presença francesa deverá durar apenas algumas semanas.
Também os governos de Londres e de Berlim, na primeira linha do "apoio político" à intervenção militar da França no Mali, se comprometeram com o envio de equipamento ou pessoal de apoio para a missão destinada a travar a expansão dos islamistas. Dos EUA também já vieram ofertas de ajuda, nomeadamente ao nível do transporte e comunicações.
Outros países europeus, entre os quais Portugal, manifestaram o seu apoio à acção militar francesa, mas só a Bélgica e a Dinamarca se comprometeram com meios específicos. A União Europeia aprovou o envio de uma missão de treino para o Mali, cuja partida foi apressada para meados de Fevereiro ou Março.
O ministro francês dos Assuntos Parlamentares, Alain Vidalies, criticou esta terça-feira a falta de mobilização e as “ausências um pouco infelizes” da Europa no Mali. Mas a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, sublinhou a importância de uma “resposta internacional unificada” e anunciou uma reunião extraordinária dos ministros dos Negócios Estrangeiros europeus para estudar as “possíveis acções da UE para apoiar o Mali”, que deverá acontecer esta quinta-feira.
De visita aos Emirados Árabes Unidos, Laurent Fabius disse esta terça-feira esperar a ajuda dos estados do Golfo na ofensiva contra os islamistas no Norte do Mali.
O Norte do país está desde Abril sob o controlo de grupos islamistas e tuaregues, que se aproveitaram do caos que se instalou no país desde o golpe de Estado de Março. Na semana passada, os islamistas do Ansar Dine começaram a avançar em direcção a Sul e tomaram a cidade de Konna, que entretanto foi tomada pelo Exército do Mali, com o apoio das forças francesas.








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