Igreja no Chile: "A situação das populações indígenas exige reparar séculos de marginalização
e injustiça"
Santiago (RV) - Os Bispos membros do Comitê Permanente da Conferência Episcopal
do Chile expressaram sua profunda preocupação pelo conflito que ainda se vive na localidade
La Araucanía e destacaram a importância de adotar medidas concretas para acabar com
a violência, com profundo respeito pela vida humana e pela dignidade das pessoas.
Na
declaração intitulada "Bem-aventurados os obreiros da paz", enviada à Agência Fides,
além da necessidade de reconhecer a cultura do povo mapuche, os Bispos manifestam
sua confiança "nas autoridades, nos representantes da sociedade e da comunidade, para
que saibam canalizar esses desejos, acolhendo a contribuição de todos, adotando as
melhores decisões e sempre dando preferência ao respeito e ao diálogo como meio de
resolução dos conflitos".
A declaração, que reitera a plena colaboração a este
fim, se conclui afirmando que "o perdurar desta situação das populações indígenas
exige reparar os séculos de marginalização e de injustiça".
No último dia
9, o Bispo de Temuco, Dom Manuel Camilo Vial, falou à imprensa nacional para advertir
que "neste momento há uma violência extrema e medo em todos os lugares", sublinhou
o prelado.
"O povo mapuche foi maltratado por muito tempo. Estou em Temuco
há 12 anos e sempre disse que o Chile tem um desafio aberto com o povo mapuche, e
isso deve ser considerado na Constituição. Os violentos não fazem parte dos mapuche",
concluiu Dom Vial. (MJ)