Cidade do Vaticano
(RV) - Este domingo, 13 de janeiro, celebra-se o Dia Mundial do Migrante e do
Refugiado.
“Migrações: peregrinação de fé e de esperança” é o tema da Mensagem
de Bento XVI para este dia, que assim se inicia:
“A Igreja caminha juntamente
com toda a humanidade, pelo que as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias
dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também
as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo;
e não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no seu coração.”
Bento
XVI se inspira na Gaudium et Spes para a sua mensagem, pois o Concílio Vaticano
II marca um momento decisivo para a pastoral dos migrantes e dos itinerantes, oferecendo
a possibilidade de analisar o fenômeno migratório numa perspectiva diferente.
O
Concílio destaca a dimensão de uma Igreja que caminha com os homens. Por isso, a necessidade
urgente de fazer-se próximo de cada homem, entre eles, o trabalhador estrangeiro injustamente
desprezado ou exilado.
Bento XVI, por sua vez, recorda o sofrimento, a pobreza,
o desespero que levam à emigração – um fenômeno hoje que mobiliza um bilhão e 200
mil pessoas. Guerra, regimes despóticos, emergências ambientais e humanitárias: ao
direito a emigrar, afirma-se mais do que nunca o direito a não emigrar, ou seja, a
ter as condições na própria terra de viver de maneira digna.
Quando a emigração
é inevitável, a bagagem se enche de fé e esperança - que formam um binômio indivisível
no coração de muitos migrantes, já que neles existe o desejo de uma vida melhor.
A
Rádio Vaticano contatou o membro do Pontifício Conselho para os Migrantes e os Itinerantes,
Dom Alessandro Ruffinoni, Bispo de Caxias do Sul (RS), que faz um comentário à mensagem
de Bento XVI.