Dia Mundial do Migrante e do Refugiado 2013: Lutar contra violência e abuso
Cidade do Vaticano (RV) - "Migrações: uma peregrinação de fé e esperança" é
o tema do Dia Mundial do Migrante e do Refugiado 2013, que será celebrado no próximo
domingo, dia 13.
"Uma questão que provoca debates fortes", disse o Presidente
da Fundação Migrantes, na Itália, Mons. Paolo Schiavon, apresentando à imprensa, nesta
terça-feira, o programa desse dia.
A Rádio Vaticano entrevistou o Diretor-Geral
dessa fundação, Mons. Giancarlo Perego, sobre a questão da migração.
Recordando
o tema do dia escolhido por Bento XVI, a idéia de peregrinação pode aliviar o sofrimento
que o ser migrante possui?
Mons. Perego: "É claro que quem migra tem
a esperança de melhorar a própria vida. Na verdade, os 215 milhões de migrantes no
mundo partem porque querem buscar uma condição de vida melhor para si e suas famílias,
mas ao mesmo tempo, nesta viagem, a sua situação muda de acordo com as pessoas que
encontram. O Papa recordou que muitas vezes nesta viagem de esperança, encontram-se
desespero, morte e violência. Pensemos nos dois mil mortos no Mediterrâneo, que teve
lugar no ano passado. É necessário unir esse tema da esperança ao tema de uma fé que
se torna promoção dos direitos humanos, lutando contra aquelas formas que muitas vezes
nascem no mundo da migração, como violência e abuso."
A sociedade italiana
dá atenção suficiente ao tema dos direitos dos migrantes?
Mons. Perego:
"Infelizmente, é verdade que muitas vezes, a questão da migração é um tema ideológico
ou emergencial. Diante de um país como a Itália que agora tem 1 pessoa a cada 10 que
vem de outros países, outros mundos, acredito que seja importante mudar o rosto de
nossas cidades e nossas igrejas para que sejamos capazes de interpretar esta diferença
e riqueza estrutural de nosso país. Por exemplo, desde 2009, em Milão, são mais as
crianças nascidas de pais estrangeiros do que as de pais italianos. Não só no plano
demográfico, mas também no plano de trabalho, cultural e social acredito que o migrante
seja um recurso, como recordou o Papa, seja um valor adjunto para as nossas comunidades."
(MJ)