Semana das Migrações nos EUA: a viagem da esperança continua
Washington (RV) – “Não somos mais estrangeiros. Nossa viagem da esperança continua”:
este é o tema que a Igreja nos Estados Unidos propõe para a Semana nacional das Migrações,
que será realizada de 6 a 12 de janeiro.
Este ano a Semana adquire um significado
especial, já que a reforma migratória integral ainda não foi aprovada pelo governo
dos Estados Unidos.
Os Bispos reconhecem o papel legítimo que o governo dos
EUA tem para que se cumpram as normas de imigração, e não apoiam uma política de “fronteiras
abertas”, como muitos críticos da Igreja afirmam.
Todavia, a Igreja estadunidense
apoia sim o cumprimento das normas migratórias, desde que sejam: objetivas, para evitar
qualquer tipo de detenção arbitrária por características étnicas ou raciais; proporcionais,
ou seja, as políticas migratórias não podem resultar em penas desnecessárias; e humanitárias:
é essencial que no cumprimento da lei se respeite a dignidade inerente dos migrantes,
seus direitos humanos sejam protegidos, e que se mantenha a unidade familiar.
Além
disso, os migrantes não autorizados, segundo a Igreja, não devem ser detidos por longos
períodos sem representação jurídica nem devem dividir as celas com delinquentes violentos.
Para aqueles que não representam uma ameaça à segurança nacional ou pública, se deve
buscar outras alternativas à detenção.
Portanto, contra o método atual de promover
uma forma coercitiva do cumprimento da política migratória, os Bispos dos Estados
Unidos defendem a promulgação de uma reforma migratória integral.
A finalidade
desta Semana é educar a opinião pública com os ensinamentos da Igreja relacionados
com a migração e os imigrantes, pressionar os políticos a realizarem uma reforma migratória
baseada nos princípios cristãos e organizar redes católicas de apoio aos imigrantes.
A campanha é feita em comunidades, paróquias e escolas com material informativo.