2013-01-03 17:56:39

Patriarca Latino de Jerusalém pede solidariedade para com as minorias religiosas do Oriente Médio


Jerusalém (RV) - "A situação está se tornando cada vez mais difícil para os cristãos no Oriente Médio", disse o Patriarca Latino de Jerusalém, Fouad Twal, que lançou um apelo à solidariedade internacional em prol das minorias religiosas do Oriente Médio. Neste contexto, não se detêm o êxodo dos cristãos.

Patriarca Twal: "A situação piorou. Por outro lado, dentre os aspectos negativos do ano de 2012, foram registrados também vários ataques de vandalismo contra igrejas e conventos cristãos, atos perpetrados por muçulmanos e israelenses. Sempre denunciamos os fatos às autoridades israelenses, salientando a importância de promover uma educação correta. Eu me pergunto por que essas pessoas foram educadas para odiar o outro. É um problema de educação das crianças nas escolas. É verdade que as autoridades israelenses condenaram estes atos, no entanto, além das palavras, eu não vi uma sequência e esses culpados não foram presos".

O Patriarcado Latino de Jerusalém olha com preocupação a situação na Síria e dos refugiados?

Patriarca Twal: "No passado, eu dizia que nós de Jerusalém somos a Igreja do Calvário, mas agora todo o Oriente Médio é a Igreja do Calvário. Na verdade a situação na Síria é pior do que a nossa. Não podemos esquecer a Síria, não podemos esquecer os nossos cristãos que vivem ali. Não podemos ficar em silêncio. A violência deve ser condenada. A coisa pior na Síria é a incerteza do que virá depois. Nós não sabemos o que virá depois. Existe um plano internacional para mudar a situação, mas sobre o que virá depois existe sempre um silêncio. Será pior? Não sei. Há o exemplo do Iraque, o exemplo do Egito, diante de nós e agora a Síria. Mas mudar por mudar não serve aos direitos humanos, nem ao respeito da pessoa e nem à paz no Oriente Médio"!

O Patriarca Latino de Jerusalém frisou que a Jordânia é o pulmão do patriarcado. "A maioria dos sacerdotes e seminaristas vem de lá. A Jordânia é até agora o único país onde existe estabilidade e onde cristãos e não-cristãos podem se refugiar. É o caso de muitos iraquianos, sírios e egípcios que estão à procura de trabalho" – sublinhou.

Sobre como a Igreja está vivendo o Ano da Fé no Oriente Médio, Dom Twal respondeu: "Neste ano, precisamos enfatizar bem a nossa fé, porque, francamente, precisamos, considerando o contexto difícil e complicado em que vivemos. Precisamos de mais fé para suportar as dificuldades e testemunhar com mais entusiasmo". (MJ)







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