Bento XVI rumo a 2013: "No final do ano, peçamos que a Igreja cresça sempre mais como
casa de Deus"
Cidade do Vaticano
(RV) – Ano da Fé, Cuba, México, Líbano, Twitter: esses foram alguns momentos significativos
que marcaram o ano de Bento XVI.
Eis alguns fatos de 2012 que merecem ser recordados,
começando pelas viagens realizadas.
Em março, o Pontífice voltou à América
Latina, visitando o México e Cuba.
Em terra mexicana, denunciou a violência,
a corrupção e o narcotráfico. Em Cuba, ao invés, a esperança permeou seus discursos,
alentando e encorajando o povo tão sofrido.
Já o tema da reconciliação marcou
a viagem apostólica ao Líbano, em setembro. Numa região dilacerada pela violência,
com a Síria martirizada com a guerra civil, o Santo Padre fez-se peregrino de paz.
O motivo da visita foi a entrega da Exortação apostólica pós-sinodal "Ecclesia in
Medio Oriente", fruto do Sínodo dos Bispos médio-orientais realizado no Vaticano em
outubro de 2010.
Em maio, em Milão, celebrou-se o VII Encontro Mundial das
Famílias. A eles, pais e filhos, o Papa confiou uma tarefa extraordinária: vocês,
afirmou, são "a única força que verdadeiramente pode transformar o mundo".
Na
Itália, destaque para a visita às vítimas do terremoto na Emilia Romagna e da Lombardia.
Em Rovereto di Novi, um dos centros mais atingidos pelo abalo sísmico, o Papa comovido
assegurou a proximidade espiritual e concreta da Igreja.
Sobre a vida eclesiástica,
ressalta-se a XIII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, cuja edição foi
dedicada à nova evangelização. Trata-se de um tema particularmente importante para
Bento XVI que, para enfrentar esse desafio pastoral imperioso para a Igreja, criou
um dicastério especial.
Ligado ao tema da nova evangelização, está o Ano da
Fé – convocado por Bento XVI nos 50 anos de abertura do Concílio Vaticano II e no
vigésimo aniversário de promulgação do Catecismo da Igreja.
Neste ano, o Papa
publicou também um Motu proprio sobre o serviço da caridade e outro que instituiu
a Pontifícia Academia de Latinidade. Elevou à honra dos altares sete novos Santos
e proclamou "Doutores da Igreja" São João d'Ávila e Santa Hidelgarda de Bingen.
Além
disso, criou 28 cardeais, em dois consistórios: um em fevereiro, e o outro em novembro.
Foi um ano também de sofrimento para o Papa, que se viu traído em sua própria
casa. Em maio foi detido seu mordomo por apropriar-se de documentos pessoais depois
difundidos na mídia. Foi o cume do chamado "Vatileaks" que registrou um processo e
uma condenação a Paulo Gabriele, ao qual Bento XVI concedeu a graça poucos dias antes
do Natal.
Bento XVI pediu transparência também na administração do Ior (Instituto
para Obras de Religião).
Ao longo do ano, o sétimo de seu Pontificado, Bento
XVI não poupou energias para anunciar o Evangelho ao maior número possível de pessoas.
E o fez nas celebrações, nas audiências e nos encontros, visitando paróquias, cárceres
e institutos caritativos.
Teve bom êxito também a publicação do livro "A infância
de Jesus", com o qual o Papa concluiu a sua trilogia sobre Jesus de Nazaré. Um presente
para todos aqueles, fiéis e não somente, que se encontram em busca da verdade.
Em
novembro, Bento XVI se dirigiu aos jovens do mundo inteiro, publicando uma mensagem
em vista da JMJRio2013 – que promete ser um dos eventos mais importantes da Igreja
neste ano que está para iniciar. “Agora que a Jornada Mundial da Juventude retorna
à América Latina, exorto todos os jovens do continente: transmiti aos vossos coetâneos
do mundo inteiro o entusiasmo da vossa fé”.
Neste último mês do ano, no dia
12 de dezembro, o Papa estreou no Twitter, tornando-se uma das personalidades mais
populares dessa rede social (mais de dois milhões e 300 mil seguidores) com a conta
@pontifex. E com um de seus últimos tuites, encerramos essa retrospectiva, aderindo
aos votos de Bento XVI: “No final do ano, peçamos que a Igreja, apesar dos seus limites,
cresça sempre mais como casa de Deus”. (BF-RL)