Cidade do Vaticano (RV) - Cinco dias após ter enviado seu primeiro tweet, a
conta em oito línguas do papa Bento XVI, @Pontifex, superou dois milhões de seguidores.
O Presidente da Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, Arcebispo Cláudio Maria
Celli conversou com a Rádio Vaticano sobre o ingresso de Bento XVI neste novo espaço
de comunicação.
Dom Celli explicou que "o Santo Padre teve o desejo de entrar
neste espaço comunicativo, que para homem de hoje também é um ambiente existencial.
As novas tecnologias, - destaca -, deram origem a uma nova cultura: deixaram de ser
um instrumento de comunicação para se tornar um lugar, um ambiente, onde o homem de
hoje vive. O desejo do Santo Padre é de estar alí onde os homens habitam e estar ao
lado deles com palavras de verdade, adaptando-se a esta linguagem criada pelo Twitter,
em 140 caracteres”.
Referindo-se aos diferentes contextos e limites da cultura
digital, como as redes sociais, o prelado observa que “se olharmos para o mapa de
distribuição de tecnologias, nos damos conta que na África existe um vazio. Isto significa
que faltam provedores, falta eletricidade, faltam tantas coisas. O mesmo vale para
algumas regiões da América Latina e da Ásia. Isto representa para a Igreja, que também
ela, que atua nestes contextos para anunciar o Evangelho, deve levar em consideração
as diferentes velocidades com que são oferecidas estas novas possibilidades digitais.”
O
Presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais adverte para o risco de
as notícias não serem avaliadas corretamente devido à quantidade e à velocidade com
que chegam a nós: “Corremos o risco – adverte – de perder a orientação. Somos inundados
por tantas notícias, que não conseguimos descobrir onde está a Boa Nova, que é a resposta
verdadeira aos problemas, da minha vida, do meu coração e isto, inegavelmente, é um
desafio. Por esta razão temos necessidade não de fechar, mas de educar as pessoas
neste contexto comunicativo, para descobrir o sentido de certas coisas”, conclui (JE)