Centralidade da Eucaristia na vida pessoal e comunitária: Papa em visita à paróquia
romana de São Patrício
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Foi num ambiente
de alegria e comunhão fraterna que uma paróquia da periferia de Roma acolheu, neste
domingo, o Santo Padre, que celebrou a Eucaristia, depois de se ter encontrado com
os diversos grupos paroquiais. Na homilia, o Papa comentou naturalmente as Leituras
deste III domingo do Advento, com um convite especial à alegria. Convite contido logo
na primeira leitura, do profeta Sofonias: “Alegra-te, filha de Sião… Exulta… com todo
o coração” “O profeta quer dizer-nos que já não há qualquer motivo de desconfiança,
de tristeza, qualquer que seja a situação a enfrentar, porque estamos certos da presença
do Senhor, que por si só basta a restituir a serenidade e a alegrar os corações”.
A alegria prometida encontra o seu cumprimento em Jesus, que, vindo ao mundo,
nos dá a sua alegria. “Jesus traz aos homens a salvação, uma nova relação com Deus
que vence o mal e a morte, e comunica a verdadeira alegria por esta presença do Senhor,
que vem a iluminar o nosso caminho”. “Dentro de poucos dias, celebraremos o Natal,
a festa da vinda de Deus, que se fez pequenino e nosso irmão para estar connosco e
partilhar a nossa condição humana. Devemos alegrar-nos por esta sua proximidade ,
por esta sua presença”.
Recordando o convite de São Paulo aos cristãos de
Filipos (segunda leitura), a expor confiadamente a Deus as necessidades e preocupações,
“com orações e súplicas”. “Já este é um grande motivo de alegria: saber que é
sempre possível rezar ao Senhor e que Ele escuta; saber que não rejeita as nossas
orações”.
Finalmente, no Evangelho, Bento XVI pôs em relevo as indicações
concretas dadas por João Batista como preparação para acolher o Senhor que vem: “Deus
não exige nada de extraordinário, mas (apenas) que cada um viva segundo critérios
de solidariedade e de justiça; sem estas não nos podemos preparar bem ao encontro
com o Senhor”.
A paróquia de São Patrício, hoje visitada pelo Papa, formou-se
há uns cinquenta anos atrás, para corresponder a um novo bairro, modesto, que estava
a surgir na zona nordeste da periferia romana. Só em 2007 pôde dispor da sua própria
igreja paroquial – recordou Bento XVI, na conclusão da homilia, convidando os fiéis
a crescer no sentido de pertença à comunidade, “numa perspetiva de verdadeira comunhão
entre todas as realidades presentes, chamadas a viver a complementaridade na diversidade”. “Em
particular, desejo recordar-vos a importância e centralidade da Eucaristia, na vida
pessoal e comunitária. Que a Santa Missa esteja no centro do vosso Domingo, a redescobrir
e viver como Dia de Deus e da comunidade, dia destinado a louvar e celebrar Aquele
que morreu e ressuscitou para nossa salvação e nos pede que vivamos conjun-tamente
na alegria de uma comunidade aberta e pronta a acolher todas as pessoas sós e em dificuldade”.