2012-12-12 15:26:26

Egito - Oposição não faz boicote ao referendo, mas apela ao não


A Frente Nacional de Salvação, que agrupa as principais forças de oposição no Egipto, decidiu não boicotar o referendo à nova Constituição do pais, apelando ao voto no “não” e impondo várias condições. A oposição é contra o documento porque este foi redigido por uma assembleia constituinte dominada pelos islamistas, e onde não participaram outras forças da sociedade egípcia.
Segundo o jornal Público, para que os apoiantes da FSN vão às urnas, a oposição exige que o processo de votação seja supervisionado pela justiça, mas milhares de juízes já se declararam indisponíveis para participar no referendo.
Durante semanas, o país tem estado mergulhado numa crise política depois do Presidente Mohamed Morsi ter aprovado um decreto (entretanto anulado) que lhe garantia plenos poderes e o colocava acima da lei. Quase diariamente milhares de pessoas – pró e anti-Morsi – têm-se manifestado nas ruas do Cairo e de outras cidades egípcias.
Apesar da votação já ter começado em embaixadas e consulados no estrangeiro, a BBC diz que ainda não é certo que o escrutínio no país seja realizado nos próximos dois fins-de-semana ou apenas no próximo dia 15.
Uma das exigências da oposição é que o voto se realize num único dia. A Frente de Salvação Nacional também quer, segundo anunciou o opositor Hamdeen Sabbahi, a supervisão dos juízes, monotorização feita por organizações não-governamentais nacionais e internacionais, presença suficiente de forças de segurança e anúncio detalhado dos resultados assim que a contagem dos votos terminar.
A reunião de “diálogo nacional”, proposta pelos militares e que deveria realizar-se esta quarta-feira, foi adiada para uma data a anunciar. Momentos antes do anúncio deste adiamento, a oposição tinha feito saber que estava disposta a participar na reunião, na qual estariam presentes o Presidente Morsi e dirigentes da Irmandade Muçulmana.










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