2012-12-11 12:45:39

Cristãos asiáticos, ícones do amor de Deus


Xan Loc (RV) – Para os cristãos que vivem em um contexto múltiplo e complexo como o asiático, onde os desafios “começaram a fazer parte da vida das pessoas; é preciso remover barreiras, construir pontes de diálogo; viver os valores essenciais da fé, estar ao lado de quem sofre injustiças, apresentar Cristo como Palavra viva”.

Ao olhar para a vida interna da Igreja, é preciso “crer na Palavra de Deus, fazer do nosso trabalho um sinal do transcendente e resistir à secularização interna”. É o que afirma Dom Thomas Menamparampil, responsável do Escritório para a Evangelização na Federação das Conferências Episcopais da Ásia (FABC), em nota publicada pela Agência Fides.

O episcopado está reunido na 10a Assembleia Plenária da Federação, aberta segunda, 10, no centro pastoral de Xuan Loc, na cidade de Saigon, com o tema “Os 140 anos da FABC: responder aos desafios da Ásia”.

Participam do encontro, que se realiza a cada quatro anos, 100 delegados eleitos pelas 19 Conferências Episcopais que integram a FABC, e o Enviado especial do Santo Padre, o Cardeal Arcebispo emérito de Manila, Gaudencio Rosales.

O Arcebispo Menamparampil nota que “é essencial na Ásia anunciar a mensagem por meio de símbolos: os cristãos devem sempre se tornar ícones do amor de Deus para as populações asiáticas”.

Para ele, “a evangelização não é uma forma de campanha eleitoral, um spot publicitário, uma propaganda ideológica. Não é um encontro de boxe espiritual; não é uma ameaça ao patrimônio cultural ou à identidade e às tradições asiáticas. Cristo vem para elevar, curar e potenciar, e não para danificar ou destruir tudo o que tem valor na humanidade”.

“A evangelização – explica – é a missão central da Igreja. É a atividade que mantém a comunidade cristã viva e a torna eficaz ao servir o Senhor e à humanidade. Evangelizar significa fazer chegar a bondade de Deus a todas as pessoas na sociedade humana. É um privilégio ser chamados a contribuir com este trabalho”. “A primeira coisa a se fazer, se quisermos trabalhar seriamente para a evangelização – prossegue Dom Menamparampil – é entrar na vida das pessoas.

Para ser eficazes na evangelização, não devemos lutar contra o vazio, mas contra o abuso da religião por razões políticas. “Nosso dever não é plantar a fé no absoluto do coração humano, pois ela já está lá, mas apresentar Jesus Cristo como Caminho, Verdade e Vida. Para sermos capazes disto, precisamos ser pessoas de fé profunda. São necessárias profundidade na conversação, profundidade nas relações, profundidade na compreensão da Palavra de Deus e profundidade na relação com Deus” – concluiu.
(CM)







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