Cidade do Vaticano
(RV) – Uma América unida: com este auspício, se realizará no Vaticano, de 9 a
12 de dezembro, o Congresso Internacional “Ecclesia in America”, 15 anos depois da
Exortação Apostólica pós-sinodal de João Paulo II.
Na coletiva de imprensa
realizada esta terça-feira, na Sala de Imprensa da Santa Sé, estavam presentes o Presidente
da Pontifícia Comissão para a América Latina (CAL), Card. Marc Ouellet, o Secretário
da CAL, Prof. Guzmán Carriquiry Lecour e o Cavaleiro Supremo dos Cavaleiros de Colombo,
Dr. Carl Anderson.
Para o Cardeal Ouellet, este Congresso é o símbolo daquilo
que a América deveria ser: um único continente, um único patrimônio e um testemunho
comum de fé. Estará diretamente relacionado com dois grandes eventos da catolicidade:
o Ano da Fé e o recente Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização.
Passados
quinze anos, afirma o Cardeal, as Igrejas no norte, no centro e no sul do continente
desenvolveram problemas e desafios comuns: migração, narcotráfico, consumo de drogas
e aumento da violência, principalmente entre os jovens. Pobreza e indigência ainda
fazem parte da América.
Para enfrentar esses problemas, Card. Ouellet aposta
sentido de comunhão, um sentido de pertença à Igreja, criando redes de amizade em
todo o continente.
Já o Professor Carriquiry destacou a originalidade desse
Congresso, que não fica restrito a palestras e conferências. Mas alterna momentos
acadêmicos, de reflexão teológica-pastoral, com trabalhos de grupo, celebrações litúrgicas
e expressões de devoção.
“O Congresso enfrentará questões reais, do ponto
de vista da Igreja. Não se trata de um evento político, mas temas como corrupção,
drogas, corrida armamentista e a situação dos índios e dos afro-americanos estarão
presentes nos debates.”
O Programa Brasileiro estava na coletiva e perguntou
ao Prof. Carriquiry se este Congresso se insere também em vista da visita de Bento
XVI ao Rio de Janeiro, em 2013, para a Jornada Mundial da Juventude:
“Há um
grupo de trabalho que se concentrará sobre o problema das novas gerações, dos jovens
no continente americano. Mas mais do que isso, insistimos muito com o Arcebispado
do Rio de Janeiro sobre sua presença neste Congresso, porque este evento dará a possibilidade
de encontrar muitos bispos canadenses, dos EUA e de outros países da América Latina,
sobretudo os norte-americanos, que algumas vezes manifestam certo receio por causa
daquilo que entreveem como situação de violência no Brasil. Estou absolutamente convencido
de que o governo do Estado do Rio de Janeiro e o governo brasileiro, como já foi dito,
garantirão a segurança durante toda a realização da JMJ. Portanto, esperamos uma grandíssima
participação dos jovens, do sul, do centro e do norte da América no Rio de Janeiro.
É uma ocasião providencial para todo o continente, para a América Latina de modo especial.
Aguardamos a JMJ como um evento de importância capital, inclusive dentro do Ano da
Fé e da transmissão da fé às novas gerações. O Arcebispo do Rio não estará presente,
porque está se dedicando totalmente à organização da JMJ, mas envia um Bispo Auxiliar
para poder compartilhar com todos os participantes os passos preparatórios e esperanças
que a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro está suscitando.”
O Congresso
Internacional ‘Ecclesia in America” é organizado pela Pontifícia Comissão pela América
para a América Latina, pelos Cavaleiros de Colombo, com a colaboração do Instituto
Superior dos Estudos Guadalupanos. (BF)