Igreja no Paraguai denuncia violência contra populações indígenas
Assunção (RV) - A Igreja no Paraguai abriu no último domingo, o Ano da Fé.
Segundo informações enviadas à Agência Fides, os bispos paraguaios escolheram
como tema para este Ano da Fé: "A Missão Permanente no Paraguai: Evangelizar a família".
A
celebração foi presidida pelo Vigário Apostólico de Pilcomayo, Dom Lúcio Alfert, que
se deteve sobre a grave situação das famílias indígenas das quais é pastor. O prelado
denunciou a difícil realidade em que vivem essas famílias, a violência dos especuladores
que tiram as terras desses povos e provocam sempre mais o desmatamento da área.
"Muitas
dessas áreas são contaminadas por agrotóxicos e foram declaradas terras inabitáveis.
Esta situação impede a vida normal de uma família indígena, obrigada a fugir em busca
de outras terras" – frisou o bispo.
Infelizmente, muitos indígenas acabam vivendo
em tendas ao longo das estradas e pedindo esmolas para sobreviver.
O Vicariato
de Pilcomayo se encontra no oeste do Paraguai, na área chamada de Chaco sul-americano
que tem uma população de cerca de 84.500 habitantes, dos quais 28 mil autóctones.
O Chaco é uma das regiões menos populosas, devido às suas condições ambientais
e climáticas: altas temperaturas no verão que chegam até 50° C, e temperaturas muito
baixas no inverno, até 7° abaixo de zero.
As principais etnias da região são:
Nivaclé, Guarani, Guarani Ñandeva, Enenlhet (Toba Maskoy), Enlhet (Lengua), Ayoreo,
Sanapaná, Manjui e Angaité. (MJ)