Porto Príncipe (RV) – Em 2012, o Haiti será lembrado pela degradação da convivência
civil, pelos desastres ambientais e pela incerteza em relação ao futuro.
Este
é o balanço negativo feito pelos bispos haitianos sobre este ano que está para se
concluir. Numa mensagem divulgada no final da Plenária dos bispos na sexta-feira,
em Porto Príncipe, o Presidente da Conferência Episcopal, Dom Chibly Langlois, faz
uma análise da situação social, política e econômica do país. As conclusões dos bispos
são graves: a pobreza continua aumentando, assim como o custo de vida e a insegurança
alimentar.
Dom Langlois aponta as responsabilidade da classe política: “Esta
situação é o resultado do mau governo da coisa pública, que impede o crescimento do
país”, uma tendência negativa que pode ser invertida somente com a “tolerância, a
fé e a união”.
Através da mensagem, os bispos dirigem uma advertência a todos
os haitianos: “A sociedade se distanciou da estrada mestra indicada por Jesus para
nos ensinar a crescer na sabedoria”, exortando a “acolher a luz de Emanuel para reconstruir
e valorizar o patrimônio da Igreja e do país inteiro destruído pelas catástrofes naturais
desses últimos três anos”.
Dom Langlois recorda a contribuição decisiva da
Igreja também para a pacificação do país, que este ano viveu conflitos institucionais
entre os poderes executivo e legislativo.
Depois da passagem do furacão Sandy,
o Haiti ainda deve fazer as contas com a reconstrução depois do terremoto de quase
três anos atrás. A Igreja está ativamente empenhada nesta frente, em especial na reconstrução
dos locais de culto e das escolas destruídas ou danificadas pelo sismo. (BF)