2012-12-03 12:15:12

Haiti - bispos fazem balanço amargo neste fim de ano


O ano de 2012 no Haiti será recordado sobretudo pelos desastres ambientais, pela degradação da convivência civil, a dissolução dos valores e o medo do futuro. Muito menores serão as recordações sobre os progressos realizados na reconstrução do país. É um balanço amargo o que os bispos haitianos fazem em mensagem pastoral sobre o ano de 2012. Foi no final da Assembleia Plenária ocorrida em Port-au-Prince que o presidente da conferência episcopal, Dom Chibly Langlois, fez publicar uma comunicação oficial sobre a situação social, política e económica do país. As conclusões, segundo reporta o jornal haitiano “Le Nouveliste”, são graves: "a pobreza continua a crescer juntamente com o custo de vida e a insegurança alimentar, social, psicológica e física que estão a gangrenar todos os estratos da população." D. Langlois aponta o dedo para a classe política: "Este estado de coisas" - afirma - "é o resultado da má governação do país". O prelado considera ainda que só se poderá inverter esta tendência negativa através "da tolerância, da fé e da concertação", pois que – sublinham os bispos na sua mensagem - "a sociedade haitiana afastou-se da via mestra indicada por Jesus que veio ao mundo para nos ensinar a crescer na sabedoria". O presidente da conferência episcopal haitiana recorda, ainda, o contributo decisivo da Igreja na pacificação política do país, que passou por graves conflitos entre o poder legislativo e executivo.
Atingida recentemente por mais uma catástrofe natural, o furacão sandy, o Haiti já tão destruído pelo terramoto de 2010, vê-se mais uma vez confrontada com o desafio da reconstrução. A Igreja está muito activa neste assunto especialmente, na reconstrução de lugares de culto e escolas.







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