Estados Unidos criticam decisão de Israel de construir mais 3000 residências nos territórios
ocupados
A secretária de estado norte-americana, Hillary Clinton, criticou sexta-feira (dia
30), a decisão de Israel de construir mais três mil residências em Jerusalém Oriental
e Cisjordânia, estimando que a medida "retarda" as possibilidades de se obter um acordo
de paz com os palestinianos: "...é preciso destacar" - disse Clinton - "que este governo,
como os governos anteriores, tem sido muito claro com Israel sobre o facto de que
estas actividades bloqueiam as negociações de paz".
Falando no Centro Saban
para Política do Médio Oriente, diante do chanceler de Israel, Avigdor Lieberman,
e do ministro da Defesa, Ehud Barak, a secretária de Estado destacou que "a melhor
solução para o impasse em Gaza é uma paz global entre Israel e todos os palestinianos,
liderados pelo seu legítimo representante, a Autoridade Palestiniana. A votação desta
semana deve obrigar todos a uma pausa de reflexão. Todas as partes precisam analisar
com atenção o caminho que há pela frente. Todos necessitamos trabalhar juntos para
encontrar o próximo caminho nas negociações visando o objectivo de dois estados. Este
é o nosso objectivo. Quando as partes estiverem prontas para iniciar negociações directas
para solucionar o conflito, o presidente Barack Obama será um mediador integral deste
processo", disse Hilary Clinton.
Israel anunciou sexta-feira a
construção de mais três mil casas nos territórios ocupados, após a histórica votação
na Assembleia Geral da ONU que concedeu aos palestinianos o estatuto de Estado observador
nas Nações Unidas.