2012-11-30 12:53:16

Envolver comunidades, paróquias e leigos na Nova Evangelização: Papa a bispos franceses


O Papa recebeu esta manhã em audiência um terceiro e último grupo de bispos da Conferência Episcopal francesa em visita quinquenal à Sé de Pedro.

No amplo discurso que dirigiu a esses 37 prelados, Bento XVI começou por recordar a sua visita apostólica à França, em 2008, por ocasião dos 150 anos das aparições de Lourdes. Disse depois que no discurso dirigido aos dois grupos precedentes abriu como que um tríptico cuja indispensável referência pode ser as palavras que lhes dirigira já em Lourdes.

Esse tríptico tem que ver com o passado cristão da França marcado por santos, doutores, mártires e confessores que souberam enraizar a mensagem evangélica na sociedade francesa e que constituem hoje uma fonte de inspiração para “a vossa missão de pastores” – disse-lhes o Papa.

Esse passado glorioso alimenta a esperança de se poder enfrentar os desafios do terceiro milénio e de ouvir as expectativas dos homens de hoje, pois só Deus pode dar uma resposta satisfatória aos anseios e aspirações humanos. Daí que um dos problemas mais graves do nosso tempo seja a ignorância da prática religiosa em que vivem muitos homens e mulheres, inclusive fieis católicos. Na realidade – prosseguiu o Papa – trata-se duma dupla ignorância: desconhecimento da pessoa de Jesus Cristo e ignorância de quão sublime são os seus ensinamentos. Esta ignorância provoca nas novas gerações a incapacidade de compreender a história e de se sentir herdeiros dessa tradição que deu forma à vida, à sociedade, à arte e à cultura europeias. A Nova Evangelização é, por conseguinte, uma urgência, e qualquer iniciativa deste Ano da Fé tomada na esteira das indicações dadas pela Congregação da Doutrina da Fé, pretende favorecer a redescoberta alegre e a renovação do testemunho da fé, para que os cristãos possam partilhar com a humanidade aquilo que têm de mais precioso: Cristo.

Mas para que a Nova Evangelização seja eficaz – recorda o Papa aos prelados franceses – deve envolver profundamente as comunidades e as paróquias, os leigos, por cuja acção de apostolado Bento XVI diz conhecer o valor e a qualidade. Exprime, por isso, o seu apreço em relação a eles.

A diminuição das vocações foi também abordada pelo Papa, segundo o qual é urgente mobilizar todas as energias disponíveis a fim de que os jovens possam ouvir a voz do Senhor. Um contexto familiar favorável é indispensável para isso. Daí a importância de ter as famílias, as comunidades e os jovens no centro de todas as iniciativas de evangelização, não obstante o contexto cultural e social marcado pelo relativismo e o hedonismo em que se vive hoje em dia.

A educação católica é também de grande importância. Tanto em relação às escolas como às universidades católicas, o Papa encorajou os bispos franceses a lhes darem muita atenção e a lhes abrirem perspectivas novas para que beneficiem também da evangelização e sejam lugares por excelência de dialogo entre fé e cultura. Bento XVI recomendou ainda que jovens estudantes em disciplinas profanas sejam também iniciados à teologia, uma fonte de sabedoria, de alegria, de maravilhamento que não pode ser reservada unicamente aos seminaristas.







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