2012-11-28 10:37:52

Cortesia e hábitos pensando no outro


RealAudioMP3 Tóquio (RV) - Estimados e estimadas ouvintes do Programa Brasileiro saúdo-os com a esperança de que, ao ouvir minhas palavras, estejam com boa saúde e gozando de felicidade.

Com certeza, o exercício da cortesia associado aos bons hábitos é um dos grandes segredos do sucesso das relações humanas e para manter a amizade. É exatamente sobre isso que está fundamentada a relação entre pessoas no Japão. Como os japoneses são parcos em expressar seus sentimentos com palavras, os manifestam através de gestos e símbolos. Vejamos alguns exemplos.

Sempre que viajam, os japoneses costumam trazer um presente, que eles chamam de “omiague”, para as pessoas próximas”. Não precisa ser caro. Basta que seja algo simples para comer: chocolates, balas, biscoitos e etc. Para entender essa atitude é suficiente responder a uma simples pergunta: uma pessoa que viajou para divertir-se, a negócios e me traz algo, o que significa? Significa que ela pensou em você, pensou em seus amigos. Você e seus amigos foram considerados importantes. O valor do objeto é desprezível, mas o gesto demonstra que seus amigos têm valor inestimável.
Normalmente, quando dizemos obrigado, tudo morre depois emitir a expressão. Com os japoneses é diferente. Eles agradecem a pessoa que lhe fez o favor mas, ao encontrá-la dois ou três meses depois, eles vão recordar-lhe o favor feito e lhe dizem: “ Obrigado por aquilo que você fez naquele dia”. Nunca ouvimos dizer: “Não fez mais que sua obrigação”.

No Japão não se entra na própria casa, e muito menos na casa dos outros, sem antes tirar os sapatos com que você andou na rua. Logo na entrada da casa, existe um lugar especial onde você deixa seu sapato e o substitui por uma espécie de chinelo. Dessa forma você não leva sujeira para dentro de sua casa e daquela dos seus amigos. É um benefício para as crianças que costumam brincar no chão e para os adultos que terão um lar mais higiênico.

Para nós é cortesia abrir a porta quando nosso convidado vai embora. Para os japoneses, esse gesto pode ser interpretado como um desejo de que a pessoa vá embora por não ser bem-vinda. Quando alguém do Japão visitá-lo não lhe abra a porta. Deixe que ele mesmo o faça. ”A quem sabe esperar, o tempo abre as portas.” Provérbio chinês.

Missionário Pe. Olmes Milani CS
Do Japão para a Rádio Vaticano







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