Situação no Congo: ultimato aos rebeldes do M23 para abandonarem a cidade de Goma
O governo da Républica Democrática Congo anunciou neste domingo (25) que não vai negociar
com os rebeldes do M23 enquanto não saírem da cidade de Goma. Entretanto, um porta-voz
rebelde disse que Kinshasa não estava em posição de estabelecer condições em negociações
de paz. O presidente congolês, Joseph Kabila, encontrou-se com o M23 pela primeira
vez no sábado, após uma cúpula de emergência no Uganda, onde os líderes regionais
deram ao M23 dois dias para uma retirada de Goma, segundo a agência Reuters. Os
insurgentes do M23 entraram nesta cidade há seis dias depois das forças do governo
terem abandonado as suas posições. As tropas de paz da ONU disseram que não poderiam
defender a cidade, argumentando que tinham um poder limitado. Oito meses depois de
uma rebelião apoiada pelo vizinho Ruanda, segundo especialistas, os rebeldes não têm
mostrado nenhuma intenção de deixar a cidade de um milhão de pessoas. Os rebeldes
dizem que planeiam marchar noutras cidades do leste e, em seguida, atacar em todo
o país, até a capital Kinshasa. O Ruanda já negou repetidamente as acusações congolesas
e da ONU de que está por trás do M23.