2012-11-19 15:38:50

Trafico de seres humanos, "epidemia silenciosa"


Roma (RV) – “Somente na década de 80 do último século, foram reduzidas ao estado de escravidão por traficantes asiáticos mais mulheres e crianças que todos os escravos africanos nos 400 anos de história do tráfico negreiro”.

Irmã Maggi Kennedy, das Irmãs Missionárias de Notre-Dame da África, apresentou os dados na palestra intitulada “Tráfico de seres humanos: uma epidemia silenciosa do século XXI”. A conferência foi apresentada no âmbito da mostra fotográfica “Rompamos as correntes, mostra anti-escravidão”, aberta em Roma em 8 de novembro.

A exposição recorda a campanha anti-escravidão lançada em 1888 pelo Cardeal Charles Martial Allemand Lavigerie, fundador dos Missionários da África (Padres Brancos e Irmãs Brancas). “Quênia, aonde trabalho, é uma fonte, um lugar de trânsito e de destino do tráfico de seres humanos” – denunciou a religiosa. “A situação é terrível. É uma epidemia silenciosa e em crescimento, sobretudo em Nairóbi e Mombasa, verdadeiros pontos quentes, por causa do turismo”.

Além da exploração sexual, os seres humanos são traficados e vendidos com objetivos ainda mais sinistros. “Na África, a retirada de partes do corpo é uma prática comum, sobretudo para realizar atos de bruxaria” – afirmou Irmã Maggi.

Ela recordou o compromisso da Igreja no passado e no presente, e em especial, os institutos missionários, para combater este crime, e propôs algumas medidas concretas a este respeito. Dentre estas, a criação de estruturas de coordenação diocesana nas áreas da África e do mundo nas quais as pessoas vulneráveis são alvos mais fáceis para os traficantes, e a criação de redes de informação que unam as diversas Dioceses para sensibilizar sobre este grave problema. (Agência Fides-CM)








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