Noite de violência no Medio Oriente. Chegou a Gaza o primeiro-ministro egipcio Kandil
O mal estar latente das últimas semanas parece ter-se transformado em clima de guerra
aberta. Ao todo, morreram 19 palestinianos, metade dos quais civis, e 150 ficaram
feridos desde o início da operação “Pilar de defesa”, lançada por Israel na quarta-feira
com a morte do chefe militar do Hamas, Ahmed al-Jabari. As mais recentes vítimas
mortais (três) aconteceram na noite desta quinta-feira, depois de um novo ataque aéreo
a Beit Hanoun, no Norte da Faixa de Gaza. Antes, um bebé de dez meses, ferido pelos
estilhaços de um míssil em Gaza, não resistiu aos ferimentos. Em Israel, três civis
– dois homens e uma mulher – morreram, depois de serem atingidos por um rocket em
Kiryat Malachi, uma cidade de 20 mil habitantes a 30 km de Gaza, citando a polícia
israelita. Cinco outras pessoas ficaram feridas, incluindo um bebé de um ano. Após
a morte do chefe militar do Hamas, registou-se uma escalada de violência. Durante
toda a noite seguiram-se os raides da aviação israelita ao que os milicianos palestineses
responderam com o lançamento de mais de 400 rockets que atingiram mesmo Tel-Aviv. Efectivamente,
foram lançados dois rockets sobre Telavive, no primeiro ataque contra a capital comercial
de Israel nos últimos 20 anos – um deles caiu no mar e outro numa zona desabitada
dos arredores da cidade. Este é mais um sinal de que o conflito israelo-palestiniano
caminha novamente para um cenário de guerra, tal como o facto de as Forças Armadas
de Israel terem recebido luz verde para chamar 30 mil reservistas. Entretanto,
chegou à Faixa de Gaza o primeiro-ministro egipcio Hisham Kandil, enviado pelo presidente
Morsi para uma mediação diplomática.