2012-11-13 19:09:57

Bispos australianos apóiam investigações sobre pedofilia


Sidnei (RV) - Os bispos australianos acolheram positivamente a decisão anunciada pela Premier Julia Gillard, de instituir uma comissão nacional de investigações sobre casos de pedofilia no país.

Na nota divulgada pela Conferência Episcopal australiana, os bispos afirmam que a “Royal Comission permitirá a investigação de problemas dos abusos de menores a nível nacional e de individuar as medidas necessárias para melhor prevenir e responder a este fenômeno na nossa sociedade”.

O anúncio da iniciativa se deu poucos dias após a abertura de uma investigação, em Nova Gales do Sul, que envolveu a cúpula da Igreja católica local, acusada por um inspetor de polícia de ter encoberto abusos por parte de alguns sacerdotes.

A investigação - afirmou a primeira-ministra - terá como alvo não somente a Igreja, mas será de grande alcance. A decisão é compartilhada pela Conferência Episcopal, que na nota divulgada observa que a pedofilia é um problema não só nas igrejas, mas também "nas famílias, nas comunidades, nas escolas e em outras organizações", rejeitando como "infundado" o argumento de que seria um "problema sistêmico" na Igreja Católica.

“Se é verdade que no passado foram cometidos erros graves, - dizem bispos australianos -, por outro foram dados passos significativos para combater este flagelo no seu interior, começando com uma cooperação mais estreita com as autoridades policiais”. O comunicado recorda em particular o compromisso assumido pelo episcopado nos últimos 20 anos para proteger as crianças e ajudar as vítimas.

Os bispos australianos se dizem prontos, portanto, para colaborar com a nova Comissão, em particular na investigação dos casos surgidos em Nova Gales do Sul, pedindo, por sua parte, que as autoridades mantenham o público melhor informado sobre investigações em curso.

Uma investigação semelhante à lançada em Nova Gales do Sul está sendo realizado no Estado de Vitoria, onde a Igreja Católica admitiu em setembro passado que pelo menos 620 crianças foram abusadas por padres desde os anos 30.(JE)







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