2012-11-07 10:33:13

Aumentam, no Mundo, gastos com armamentos


Cidade do Vaticano (RV) - Apesar de um momento de crise, no mundo os gastos militares já ultrapassam 1,7 trilhões de dólares. A denúncia está contida em um livro de pesquisa intitulado “armas um assunto de Estado”, publicado pela Chiare Lettere e que revela como a produção e o comércio de armas sejam dominados quase totalmente pelas escolhas políticas dos governos. O livro chama a atenção, pela primeira vez, como funciona o sistema corrupto de compras e revela os nomes da potente lobby que domina o mercado.

Francesco Vignarca, um dos autores e coordenador da rede nacional italiana para o desarmamento foi entrevistado pela Rádio Vaticano e afirmou que estamos habituados a pensar que “quando se compram ou se vendem armas, estejam envolvidos traficantes e interesses obscuros”. Segundo Vignarca temos de mudar o paradigma, e isso é o que tentamos escrever no livro.

Em 2011 – destaca ainda o livro – superou-se o teto de 1,7 trilhões de dólares – mais de duas vezes o orçamento normal das Nações Unidas - que os Estados destinam às despesas militares e destes mais de 400 bilhões foram dedicados a comprar armamentos.

ara o coordenador da rede nacional italiana temos de distinguir entre aqueles que gastam muito em armamento, e aqui estão obviamente na liderança os Estados Unidos, mas também cada vez mais as chamadas economias emergentes - portanto, China, Brasil e Índia -, e sem se esquecer da tradicional Rússia e das habituais Grã-Bretanha, França, Alemanha e Itália.

“Devemos também fazer a diferença – acrescenta o autor do livro – entre quem produz – e quem produz são na maioria os países ocidentais e portanto, mais uma vez EUA, Grã Bretanha, França, Alemanha e Itália, além da Rússia – e quem compra, que são cada vez mais os lugares instáveis do planeta, ou seja, os países do Oriente Médio – e não se deve se surpreender depois, quando ocorre algo, ou explode uma guerra civil, sejam precisamente as nossas armas que disparam – ou em o países como a Índia e o Paquistão”. No ano passado a Índia se tornou a maior compradora mundial de armamentos. (MP)











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