2012-11-06 18:48:47

Santa Sé à Interpol: Aliança entre cidadãos e policiais para combater o crime


Cidade do Vaticano (RV) - O Secretário das Relações com os Estados, Dom Dominique Mamberti, participou nesta segunda-feira, em Roma, da 81ª Assembleia Geral da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal).

"Na aliança e solidariedade entre cidadãos e policiais se realiza o melhor bastião de resistência contra a criminalidade", frisou o prelado em seu discurso proferido aos cerca de mil delegados provenientes de 170 países.

Durante o encontro foram lembradas as 500 mil pessoas mortas a cada ano no mundo por causa da violência. O arcebispo sublinhou que os primeiros anticorpos contra toda forma de criminalidade são os cidadãos de cada país.

Dom Mamberti observou que "nas últimas décadas o crime aumentou substancialmente e as características da criminalidade evoluíram de maneira preocupante, tendo perigosamente aumentado a agressividade e brutalidade dos episódios. As atividades criminosas se organizam no âmbito global, com sistemas de coordenação e segundo pactos criminosos que cruzam as fronteiras dos Estados".

O prelado destacou que "a autoridade pública extrai a sua vitalidade e poder de uma referência constante a uma objetiva ordem ética. Quando a autoridade perde o crédito, a confiança e depende apenas de formalismo jurídico, do mero governo de regras, sem um olhar verdadeiro sobre o ser humano, esta autoridade se torna um gigante com pés de barro" – disse ele.

Uma das ações eficazes para criar um contexto social em favor do bem comum é a remoção de causas que criam e alimentam situações de injustiça. "Neste contexto, um papel importante deve ser reconhecido à educação inspirada no respeito pela vida humana em todas as circunstâncias. Sem ela não é possível criar um tecido social forte e coeso nos valores fundamentais, capaz de resistir às provocações da violência extrema" – frisou o arcebispo.

Dom Mamberti sublinhou que "o criminoso é sempre uma pessoa humana, com direitos e deveres. Portanto, toda restrição da liberdade individual para ser legítima nunca deve prejudicar a dignidade pessoal ou comprometer injustamente o exercício efetivo dos direitos humanos".

"Somente trabalhando em tais termos que as autoridades do Governo, a Polícia e todas as instituições responsáveis pela segurança, conseguirão promover a confiança e o respeito pelos cidadãos, renovando o fundamento do Estado de Direito e tornando sempre mais eficaz a luta contra o crime" – concluiu Dom Mamberti. (MJ)











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