Basílica do Santo Sepulcro: controvérsia na cobrança da conta de água
Jerusalém (RV) - O Patriarca greco-ortodoxo de Jerusalém, Teófilo III, dirigiu-se
às autoridades israelenses buscando resolver uma situação constrangedora existente
na Basílica do Santo Sepulcro. A sociedade “Hagihon”, que administra o fornecimento
de água na cidade, cobrou em um boleto a importância de 1 milhão e 800 mil euros do
lugar de culto, guardado, entre outros, pelos frades franciscanos da Terra Santa.
Falando
à Rádio Vaticano, o padre Pierbattista Pizzaballa sublinhou que todas as diferentes
comunidades cristãs que administram a Basílica do santo Sepulcro estão envolvidas
neste problema que está ligado à história: “Já no tempo dos Otomanos,_refere ele_e
depois com os ingleses, com os jordanianos e mais recentemente com Israel, era tradição
que a água fosse doada gratuitamente pelo município. Porém, há alguns anos, o serviço
de distribuição de água passou para uma empresa privada, mudando esta tradição.”
Segundo
Padre Pizzaballa, as igrejas estão dispostas a pagar a água, se necessário, porém
questionam o quão retroativa deva ser esta cobrança, acrescentando “a Basílica se
encontra em Jerusalém, portanto, existe também um jogo político envolvido nesta questão”.
Este
problema, diz Pizzaballa, revela a atual fragilidade da comunidade cristã na Terra
Santa: “Somos poucos e cansamos até para sermos ouvidos. Às vezes somos obrigados
a levantar um pouco a voz. É uma situação de grande fragilidade, que necessita mesmo
de um apoio internacional”, completa. (JE)