As novas tecnologias e a Vida Consagrada no Brasil
São Paulo (RV) – Está em andamento em São Paulo, na Faculdade Paulus de Tecnologia
e Comunicação (Fapcom), o Seminário “Tecnologias, Novas Relações na Vida Consagrada
– Desafios Culturais e Perspectivas”, promovido pela Conferência dos Religiosos do
Brasil (CRB-Nacional) e pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
O
evento, que se conclui domingo, 4 de novembro, visa oferecer reflexões e debates à
Vida Religiosa Consagrada na discussão referente ao fenômeno da comunicação, a evolução
de seus fundamentos e a natureza de suas práticas. Reflete ainda sobre os desafios
e as esperanças que as novas tecnologias, utilizadas na sociedade atual, trazem e
partilha as mais variadas experiências de uso desses meios, na Pastoral, em vista
da ajuda mútua e maior eficácia na missão.
Participam do Seminário religiosas
e religiosos de todo o Brasil e também bispos, como o presidente da Comissão Episcopal
para a Comunicação da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa.
Dom Dimas ressaltou a
importância da proposta deste seminário para a Igreja, em especifico para a Vida Religiosa
Consagrada:
“Desde o século XIX, pelo menos, a Igreja tem mergulhado de uma
maneira muito decidida no universo da comunicação. Desde a criação do ‘Osservatore
Romano’, depois a Rádio Vaticano, na presença do próprio Marconi, que foi o inventor
do rádio, e com João Paulo II a criação do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais.
Tudo isso mostra que a Igreja reconhece e o próprio Concílio Vaticano II se referia
aos meios de comunicação social como Inter Mirifica, entre as maravilhas que Deus
concede aos seres humanos. Não tenho dúvidas de que seremos cobrados pelas futuras
gerações pelo bom ou pelo mau uso que fizemos ou deixamos de fazer dos meios de comunicação.
Quando a própria vida religiosa num verdadeiro mutirão nacional se debruça sobre o
tema e reconhece que os meios de comunicação não são apenas instrumentos, e sim uma
ambiência em que se forma até uma consciência e como processo de conhecimento das
novas gerações. Esses meios afetam efetivamente as relações nas próprias comunidades.
Isso é sinal de que nós levamos a sério a proposta de Jesus e o mandato de evangelizar
a todos, o que inclui a geração do continente digital.”